Atividade citotóxica e anti-inflamatória de extrato de folhas de Jatropha Curcas l. em células Gliais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Bastos, Eduardo Muniz Santana
Orientador(a): Cunha, Vitor Hugo Moreau da
Banca de defesa: Cunha, Vitor Hugo Moreau da, Costa, Silvia Lima, Santos Júnior, Anibal de Freitas, Castro, Renato Delmondez de, Silva, Victor Diogenes Amaral da, Vasconcelos, Flávia Silva Amorim
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Departamento de Biointeração
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Renorbio -(Rede Nordeste de Biotecnologia)
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24112
Resumo: A Jatropha curcas L. (J. curcas L.), planta da família da Euforbeáceae, conhecida localmente como pinhão manso, apresenta alta plasticidade adaptativa, sendo cultivada em diferentes regiões de clima tropical e subtropical do mundo. Configura-se uma alternativa na medicina popular tradicional e veterinária para tratamentos de várias condições patológicas. Estudos demonstram que ação farmacológica como antimicrobiano, antifúngico, antioxidante, cicatrizante e anti-inflamatório possa está associado à presença de classes de compostos bioativos como os flavonoides e taninos. No entanto, não existem relatos da ação de compostos isolados desta planta no Sistema Nervoso Central (SNC). A escassez de conhecimento técnico-científico sobre a espécie gera uma demanda por estudos mais aprofundados. Assim o presente estudo objetivou realizar um mapeamento prospectivo sitemático sobre evolução tecnológica das diversas utilizações da planta Jatropha curcas L., obter extrato metanólico de folhas de J. curcas L. (EJC) e suas frações (FnEJC), realizar triagem fitoquímica qualitativa dos bioativos do EJC e investigar a atividade citotóxica e anti-inflamatória em culturas primárias de células gliais submetidas a estímulo inflamatório. A prospecção de registros tecnológicos a partir da base de dados do Escritório Europeu de Patentes (Espacenet®), entre o período de 1983 a 2012, não revelou documentos de tecnologiais (patentes) com finalidade terapêutica farmacológica da J. curcas L. A triagem fitoquímica do EJC apresentou resultado positivo para xantonas, leucoantocianidinas, catequinas (taninos catéquicos), flavanonas e flavonoides, xantonas, esteroides, terpenoides e saponinas. Foi observada atividade anti-inflamatória do extrato metanólico de folhas de J. curcas L. e frações em células gliais obtidas a partir de córtex cerebral de ratos Wistar neonatos, tratadas com lipopolissacarideo de Escherichia coli (LPS 1 μg mL-1). O EJC (0,1 μg mL-1 a 1.000 μg mL-1) não foi citotóxica para as células gliais e apresentou EC50 de 10,794 μg mL-1. O tratamento com LPS induziu ativação de astrócitos e microglias caracterizada por modificações morfológicas e da expressão de marcadores epecíficos GFAP e Iba-1, respectivamente além dada ativação do Fator Nuclear kaap B (NF-kB) em astrócitos além de aumento da produção de Oxido nítrico (NO). O Tratamento com o EJC preservou células quiescentes e atenuou ativação de células gliais pós indução inflamatória. Observou-se que EJC, F1EJC e F2EJC (0,1 μg mL-1) inibiram a produção de NO, inclusive após estímulo inflamatório com LPS. Os resultados sugerem que o EJC inibe a ativação do NF-kB por apresentar compostos bioativos da J. curcas L. com possível bloqueio da resposta glial na regulação de genes envolvidos no processo inflamatório. Os resultados também contribuíram para a geração do documento de depósito de patente no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) no intuito de assegurar as novas descobertas desenvolvidas.