Cenários do turismo e suas relações com o crime na Capital do Estado da Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Ferreira, Luís Henrique Costa
Orientador(a): Costa, Ivone Freire
Banca de defesa: Costa, Ivone Freire, Guedes, Paulo, Suarez, Marcus Alban
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Direito
Programa de Pós-Graduação: Mestrado Profissional em Segurança Pública, Justiça e Cidadania
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/16670
Resumo: Este estudo parte do conceito de turismo da Organização Mundial do Turismo (OMT) com a preocupação de conhecer o cenário que envolve o turista em circunstâncias de crime e de violência, para responder quais os principais aspectos envolvidos nas relações entre turismo e crime. Entende que esta relação é complexa e se constitui em um objeto cientifico e campo do conhecimento mal definido e que vem requerendo maiores conhecimentos dos elementos compreendidos no conceito de turismo, enquanto uma atividade de política pública, a saber: o turista; os prestadores de serviços; o governo e a comunidade do destino turístico. Para tanto, a opção foi a da escolha da Cidade do Salvador como a comunidade privilegiada; a DELTUR como o governo institucionalizado e o turista porque ele representa o elemento chave para a subsistência da denominada indústria turística. A metodologia quali-quanti permitiu as observações dos aspectos definidos na pesquisa e a análise documental rica em dados auxiliou nas constatações sobre a fragilidade do sistema governamental de turismo na Bahia, evidenciando mais uma vez que as questões sobre segurança pública são na maior parte tratadas como exclusivas das polícias civil e militar. O que se conclui de todo o trabalho é que os locais turísticos de Salvador como concebidos e mantidos apresentam o ambiente ecológico e a oportunidade propícia para a ação de delinquentes contra os turistas, reunindo os fatores, ofensor motivado, alvo disponível e ausência de guardiões. O policiamento ostensivo apesar de superior ao da maior parte dos locais da Capital sozinho não solucionara o problema. Nesse contexto o turista estrangeiro surge como alvo mais vulnerável superando em muito o turista doméstico no papel de vítima. A seleção dos criminosos é por presas fáceis e eles agem na maior parte das vezes contra homens e mulheres isolados, são poucas as agressões contra grupos de turistas. A população agressora reside predominantemente nas regiões turísticas, ou nas vizinhanças e os horários e dias de pico das agressões são aqueles nos quais há um significativo número de turista circulando em vias públicas ou fazendo turismo. O envolvimento de turistas como autores de delitos é pequeno e não chega impactar as atividades policiais. O crime contra o patrimônio é o predominante.