Dislipidemias e transporte reverso do colesterol : incorporação de colesterol livre, Atividade da paraoxonase e índices calculados na avaliação do risco cardiovascular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Valverde, Ana Paula Caires dos Santos
Orientador(a): Couto, Ricardo David
Banca de defesa: Athanazio, Daniel Abensur, Aras Júnior, Roque
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Farmácia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Farmácia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22683
Resumo: O transporte reverso do colesterol (TRC) baseia-se na remoção de colesterol depositado nos tecidos para ser posteriormente eliminado. O TRC está atrelado à remoção, incorporação e eliminação do colesterol dos tecidos e contidos em outras lipoproteínas, assim como, o remodelamento de partículas lipoproteicas, dependentes da atuação de enzimas antioxidantes como a paraoxonase que proporcionam proteção não apenas para LDL, mas também para a HDL, preservando suas características estruturais e metabólicas. O objetivo desse estudo foi de avaliar os marcadores plasmáticos de remodelamento da HDL e transporte reverso do colesterol nos diferentes grupos de dislipidemias. Foram avaliados 100 indivíduos de ambos os sexos, sem tratamento com hipolipemiantes, sendo 27 normolipidêmicos e 73 dislipidêmicos que foram estratificados por grupo de dislipidemia conforme a IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemia e Prevenção de Aterosclerose: Hipercolesterolemia isolada (16), Hipertrigliceridemia isolada (17), HDL-C baixo (26) e Dislipidemia mista (14). A atividade da paraoxonase expressa em nmol/min/mL foi reduzida nos grupos com hipertrigliceridemia isolada (98 ± 44, p < 0,05) e HDL-C baixo (82 ± 28, p < 0,001). O percentual de incorporação de colesterol livre foi reduzido nos grupos com hipercolesterolemia isolada (7,5 ± 1,9, p < 0,05) e HDL-C baixo (7,9 ± 1,3, p < 0,05). O tamanho de partícula de HDL não diferiu entre os grupos. A razão TG/HDL-C foi maior nos grupos com hipertrigliceridemia isolada (4,2 ± 1,5, p < 0,001), HDL-C baixo (5,2 ± 3,1, p < 0,001) e dislipidemia mista (5,3 ± 1,6, p < 0,001). A razão apoB/apoA foi maior em todos os grupos de dislipidemias (apoB/apoA > 0,5) quando comparado com os normolipidêmicos (apoB/apoA = 0,5, p < 0,001). Os resultados desse estudo sugerem que a avaliação do transporte reverso do colesterol a partir da determinação da incorporação do colesterol livre, atividade da paraoxonase assim como a utilização de índices calculados são importantes parâmetros que contribuem para avaliação do risco cardiovascular nas dislipidemias.