Desindustrialização: uma leitura selecionada para Brasil e México

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva Júnior, Divaldo Oliveira da
Orientador(a): Balanco, Paulo Antônio de Freitas
Banca de defesa: Oliveira, Gilca Garcia de, Cunha, Silvio Humberto Passos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Economia
Programa de Pós-Graduação: Mestrado em Economia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21078
Resumo: A presente dissertação aborda o debate sobre desindustrialização, suas causas, conceitos e a sua ocorrência no Brasil e no México. O trabalho tem sua inspiração nas crescentes discussões sobre a desindustrialização e seus efeitos nas economias, principalmente nas em desenvolvimento. O objetivo final foi analisar um possível processo de desindustrialização no Brasil e no México. Para a consecução do objetivo, primeiro foi realizada uma revisão de literatura sobre o papel atribuído a indústria para crescimento econômico de longo prazo, segundo a visão dos economistas heterodoxos. Seguidamente, buscou-se embasar o estudo levantando os principais conceitos acerca da desindustrialização, para tanto, realizou-se uma revisão de literatura com os principais autores que abordam o tema. Por intermédio do levantamento de dados sobre o comportamento do setor industrial em cada país em diversas fontes secundárias, e amparado sobre a literatura que discorre sobre a desindustrialização para Brasil e México, pode-se observar que ambos enfrentam um processo de desindustrialização. Ambos os países encerraram sua Industrialização por Substituição de Importações na década de 1980, e, na década de 1990 enfrentaram a implementação de políticas neoliberais de abertura comercial e financeira. Após a implantação das políticas liberais, o México enfrentou a desestruturação das cadeias indústrias nacionais¸ em virtude da sua entrada para o NAFTA, da substituição da base industrial pelo modelo de indústrias maquiladoras e das grandes remessas de dinheiro enviadas dos Estados Unidos, que tiveram efeito similar a uma doença holandesa. O Brasil por sua vez, manteve seu pátio industrial com uma robustez relativamente maior que o México durante a década de 1990. No entanto, as reformas reduziram a capacidade da indústria de dinamizar a economia e consolidou a manutenção do câmbio valorizado, esses dois elementos associados a uma conjuntura internacional favorável as exportações de commodities, em desfavorecimento as de manufaturas, promoveram uma desindustrialização no Brasil.