Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Mailson dos Santos |
Orientador(a): |
Coelho, Juliana Soledade Barbosa |
Banca de defesa: |
Pinto, Carlos Felipe da Conceição,
Pereira, Maria Isabel Pires,
Gonçalves, Carlos Alexandre Vitório,
Viaro, Mário Eduardo |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Letras
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29879
|
Resumo: |
A tônica desta tese doutoral consiste em apresentar o cerne de um estudo histórico-comparativo sobre a lexicogênese prefixal observada no galego-português e no castelhano em seu arco temporal arcaico (séculos XIII a XVI), assente em um lastro empírico representativo, constituído por vocábulos derivados (herdados do latim ou gerados no vernáculo), extraídos ― com o auxílio do programa WordSmith Tools 4.0 e através de leitura verbo ad verbum ― de quase 30 mil linhas de uma centena de documentos remanescentes, de natureza textual-discursiva variada. Visando a uma percepção integrada e panorâmica do fenômeno da prefixação, primeiramente apresentamos sua contextualização nos dois sistemas novilatinos enfocados, em suas sincronias medievais, para os quais adumbramos um conspecto histórico. Daí, inflectimos para três grandes blocos teóricos, relativos, respectivamente, a uma revisitação ao método histórico-comparativo e à linguística românica, a uma apreciação crítica das principais premissas da morfologia histórica e (sócio)cognitiva, e, principalmente, a uma incidência sobre o implexo fenômeno da prefixação, claramente imerso em contextos de continua semântico-morfolexicais. Desse conjunto teórico, passamos à exposição da rota epistemológico-metodológica percorrida para o adequado desenvolvimento da proposta investigativa, apontando todos os caminhos que traçamos nesse desbravamento sobre a formação de palavras em línguas ibero-românicas medievais. Por fim, com a análise vertical e horizontal dos dados, chegamos ao núcleo do estudo, que traz em si uma apreciação diacrônico-comparada sobre cada formante prefixal detectado nos corpora empíricos explorados, com uma proposta de delineamento dos paradigmas prefixais dos sistemas linguísticos em tela, em sua configuração medieval, bem como da sinalização dos aspectos fundamentais de um cotejo entre tais conjuntos paradigmáticos, imersos em fluxos e refluxos, perdas e ganhos, arcaizações e inovações, variação e mudança. Da incidência sobre o comportamento formal e semântico-funcional de cada antepositivo, com a sua subordinação às relações entre léxico e processos cognitivos, como a metáfora, a metonímia e a perspectivização, cremos que o estudo logrou apropinquar-se a alguma captação das tensões no léxico arcaico (e sua inflexão ao léxico hodierno), moldadas entre, de um lado, forças e componentes conservadores, mais próximos à matriz genolexical latina (que permaneceram ou não na língua em seu devir histórico) e, de outro, forças e componentes inovadores, representados pelas criações lexicais próprias, que, apesar de estarem incluídas nas possibilidades do sistema, apontam para novas semantizações e novos empregos gramaticais. |