Influência da estrutura de propriedade na escolha de auditoria independente Big Four: evidências de empresas listadas na B3

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pereira, Vanessa de Carvalho
Orientador(a): Pereira, Antonio Gualberto
Banca de defesa: Carmo, Carlos Henrique Silva do, Bispo, Jorge de Souza
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Ciências Contábeis
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Contabilidade (PPGCONT)
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33274
Resumo: O trabalho de Jensen e Meckling (1976), considerado por muitos autores seminal na linha de pesquisa em Governança Corporativa, trata da Teoria da Agência, que estabelece o conflito de interesses entre agente e principal. A Governança Corporativa surge como forma de alinhar esses interesses, minimizando a existência dos conflitos de agência. Este estudo foca em investigar a associação entre um mecanismo externo e outro mecanismo interno da Governança Corporativa: auditoria externa e estrutura de propriedade. Foram analisadas 122 companhias abertas listadas na B3 entre os anos de 2010 a 2018. O objetivo geral foi investigar qual a influência da estrutura de propriedade na escolha de uma auditoria independente Big Four, esperando uma relação positiva, se existir o efeito-entrincheiramento representado pela variável direito de voto e uma relação negativa, se existir o efeito-incentivo representado pela variável direito de fluxo de caixa. Além das variáveis de interesse, também foram controladas outras variáveis que podem influenciar a escolha de uma auditoria independente Big Four: tamanho da empresa, alavancagem, retorno de ativos, emissão de ADR´s, setor, dualidade do CEO, independência do conselho, nível de governança da B3 e auditor especialista. O estudo propõe uma metodologia econométrica mais robusta e pouco utilizada em pesquisas com essa temática, o logit para dados em painel. Os resultados dos testes empíricos através desta metodologia, sugerem que quando a amostra é dividida tendo como base as empresas onde o percentual do acionista majoritário equivale a 51% ou mais das ações com direito a voto, as três hipóteses de pesquisa são aceitas e as relações esperadas inicialmente estabelecidas com base na literatura também são confirmadas. Isso implica dizer que a variável de interesse V conseguiu captar o efeito-entrincheiramento e a variável C, por sua vez, o efeito-alinhamento da concentração acionária sobre a escolha de uma auditoria Big Four. Tais achados corroboram os de Fan e Wong (2005) e Shan, Troshani e Tarca (2019). A principal contribuição prestada pelo trabalho consiste em ampliar a literatura na área de Governança Corporativa, especificamente ao investigar a relação entre escolha de auditoria externa Big Four e estrutura de propriedade no cenário nacional.