Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Souza, Flávia Silva de |
Orientador(a): |
Serpa, Angelo Szanieck Perret |
Banca de defesa: |
Serpa, Angelo Szanieck Perret |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geografia do Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19866
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Resumo: |
RES UMO Nas grandes cidades existe uma valorização seletiva de determinadas áreas, nas quais há investimentos nos espaços livres de edificação, em especial naqueles voltados para o entretenimento, sendo, portanto, espaços criados na perspectiva da “visibilidade”, como estratégias ideológicas dos grupos que detêm o poder. Nas áreas populares, há pouco investimento nos espaços livres de edificação, e quando isso ocorre os equipamentos existentes possuem uma curta durabilidade, devido à baixa qualidade dos materiais, à falta de manutenção e por atender a uma demanda de população expressiva. A partir da compreensão destas questões buscou-se analisar as relações cotidianas presentes no contexto dos espaços livres de edificação existentes nas áreas populares de Salvador – BA, trabalhando o conceito de centralidades lúdicas como possibilidade de compreendê-los, a partir de sua essencialidade e de seus conteúdos. A centralidade lúdica caracteriza-se pela recuperação de um conteúdo original e vital que pode apontar a existência do jogo lúdico na constituição do espaço urbano. Na tentativa de observar e analisar os conteúdos inerentes aos espaços livres optou-se por estudar os bairros de Paripe, Periperi e Plataforma. Investigou-se nestes bairros até que ponto estes espaços livres, onde conteúdo e forma são pares de uma intrínseca relação, ainda persistem no contexto da cidade e, mais precisamente, no contexto de “seus” bairros populares. Como resultado foi possível verificar que a presença de espaços livres dotados de um conteúdo significativo para seus usuários ainda persiste no cotidiano dos três bairros analisados, nos quais a autenticidade de comportamentos ainda resiste, mas alguns indivíduos não compreendem a potencialidade destas ações. Logo, a compreensão do vivido e experenciado, tratada a partir do lúdico, se bem trabalhada, é um caminho interessante para o estabelecimento de um importante diálogo capaz de superar as formas hierárquicas vigentes na sociedade atual. Este diálogo pode ser realizado de maneira orgânica entre os habitantes das áreas populares da cidade e os instrumentos e as políticas de planejamento urbano. |