Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Alegria, LÃvia |
Orientador(a): |
Minahim, Maria Auxiliadora |
Banca de defesa: |
Minahim, Maria Auxiliadora,
Mello, Sebástian Borges de Albuquerque,
Araújo, Ana Thereza Meireles |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Direito
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Direito
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32247
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Resumo: |
O presente trabalho objetiva analisar, no âmbito das relações sexuais desprotegidas entre indivÃduos discordantes, a possibilidade jurÃdica da manifestação da autonomia do soronegativo no sentido de admitir o risco da transmissão do vÃrus HIV. Inicialmente tratou-se acerca das questões clÃnicas e sociais atinentes à doença, bem como dos principais bens jurÃdicos individuais lesionados em razão desta, com enfoque nos direitos à integridade, à saúde e na discussão relativa ao direito à vida. Na sequência, foram analisados os institutos da autonomia individual e da vulnerabilidade, além da tutela especial dispensada aos vulneráveis nas hipóteses de paternalismo estatal. Demonstrou-se, ainda, a legitimidade da proteção penal ao bem jurÃdico saúde pública, além da sua incidência nas hipóteses envolvendo o vÃrus HIV, evidenciando a necessidade de reconhecimento dos bens jurÃdicos coletivos oriundos do surgimento da sociedade de riscos. Por fim, perpassou-se pela análise das formas de materialização da autonomia individual em sede de direito penal, destacando as hipóteses de colocação em risco, de consentimento do ofendido, das construções vitimodogmáticas e do princÃpio da autorresponsabilidade. Considerando o entendimento de complementariedade entre a tutela da autonomia individual e dos interesses coletivos, pretendeu-se reconhecer que as situações de transmissão sexual do vÃrus HIV não são caracterizadas apenas por direitos de cunho individual, envolvendo também a saúde pública. A titularidade coletiva do bem jurÃdico impossibilita que este seja colocado em risco pelos sujeitos envolvidos, desde que se trate de hipótese em que haja efetivamente risco à saúde pública, evitando-se a intervenção estatal indevida sobre a liberdade sexual e a intimidade dos sujeitos, com fundamento em aspectos de cunho exclusivamente morais e alheios à ordem jurÃdica. |