Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Mont’Alverne, Lucienne Rezende |
Orientador(a): |
Rêgo, Marco Antônio Vasconcelos |
Banca de defesa: |
Carvalho, Fernando Martins,
Corona, Ana Paula |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Medicina da Bahia
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31439
|
Resumo: |
Introdução: A perda auditiva ocupacional (PAO) tem sido universalmente reconhecida nos casos em que seu determinante direto é a exposição a ruído em elevados níveis de pressão sonora. Contudo, as evidências acumuladas apontam diferentes ramos ocupacionais com exposições químicas potencialmente oto-neurotóxicas, seja em sua apresentação isolada ou combinada ao ruído. Objetivo: Este estudo apresenta uma visão geral da produção científica existente em periódicos indexados em bancos de dados eletrônicos, sobre a presença de solventes orgânicos, em diferentes processos de trabalho, associada a danos auditivos ocupacionais de caráter periférico e/ou central. Métodos: Revisão sistemática da literatura, a partir da consulta a bases de dados eletrônicos (MEDLINE, SCOPUS, Web of Science, Science Direct, CINAHLL, LILACS e Scielo), considerando artigos originais indexados até 2013. Resutados: Dos 838 documentos encontrados, 46 estudos originais foram incluídos no estudo, sendo 38 de corte transversal (82,6%), cinco de coorte histórica (10,9%) e três de caso-controle (6,5%). Os estudos apontam a exposição aos solventes estireno, tolueno, xileno, dissulfeto de carbono e a exposição à mistura de solventes como fatores de risco para PAO, sobretudo quando associadas à exposições a ruído. Níveis de exposição aos agentes foram variados, assim como a composição das misturas, os métodos de avaliação e a classificação do desfecho. Os estudos sugeriram danos sobre uma ampla extensão coclear, bem como às vias auditivas centrais e/ou nas habilidades do processamento auditivo central. Conclusão: Os resultados dos estudos confirmam a ação otoneurotóxica dos solventes orgânicos, contribuindo para a compreensão da extensão da PAO induzida quimicamente. Todavia, dados sobre efeito dose-resposta e níveis seguros de exposição ocupacional ainda não estão disponíveis. As 18 exposições químicas presentes nos processos produtivos devem ser identificadas, mapeadas e monitoradas, como parte dos esforços para prevenir a PAO, sobretudo promovendo a inclusão os trabalhadores nos Programas de Conservação Auditiva |