Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Nilsson, Mariana Guimarães
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Orientador(a): |
da Silva, Aristeu Vieira
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Banca de defesa: |
Silva, Aristeu Vieira da
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Dias Portela, Ricardo Wagner,
Ullman, Leila Sabrina,
Kmetiuk, Louise Bach |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal nos Trópicos (PPGCAT)
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Departamento: |
Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41146
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Resumo: |
O SARS-CoV-2 (Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2), responsável pela síndrome COVID-19 (Coronavirus Infectious Disease 2019), foi identificado e descrito em dezembro de 2019, quando um grupo de pacientes com uma pneumonia de origem viral desconhecida começaram a ser admitidos em hospitais em Wuhan, província de Hubei na China. A detecção desse patógeno em inúmeras espécies animais, como furões, tigres, leões, macacos, coelhos, hamsters e em especial, cães e gatos, aumentam a preocupação de pesquisadores de serem possíveis fontes zoonóticas do vírus. Ao analisar o cenário da relação entre o homem e animais domesticados, a preocupação devido ao SARS-CoV-2 é de que este agente etiológico possua características genômicas que permitam a transmissão interespécies e a adaptação às condições em um novo hospedeiro. O objetivo deste trabalho foi detectar a presença de SARS-CoV-2 e de anticorpos anti-SARS-CoV-2 em cães de abrigos e de tutores. Foi conduzido um estudo de corte transversal de cães provenientes de tutores que aceitaram participar do projeto e de instituições que abrigam animais, como os abrigos de Organizações Não-Governamentais (ONGs), do Centro de Controle de Zoonoses - CCZ e lares temporários. Foram realizadas coletas de sangue, de secreções orofaríngeas (ou nasofaríngeas) e retal de cada animal em um único momento. As coletas foram feitas nos abrigos em que os animais eram mantidos, e o questionário epidemiológico foi respondido pelo responsável do animal ou do abrigo. Foram coletadas amostras de 111 cães para o estudo, obtendo-se 222 swabs. Todas as amostras foram negativas na RT-qPCR e apresentaram o mesmo padrão do controle negativo. Testou-se 89 amostras de cães por meio do ELISA magnético, em que 18 animais (20,22%; IC95%:12,45 - 30,07) apresentaram anticorpos IgG para a proteína N do SARS-CoV-2 e nenhum dos animais avaliados reagiu à proteína Spike. Foram avaliadas 66 amostras de sangue, todas sem grandes variações frente aos valores de referência do hemograma, todavia não averiguamos infecção ativa e, portanto, como essas variáveis se comportam frente ao vírus nesse caso. Durante a execução do projeto foram coletadas 428 amostras de swabs orais e retais de 214 felinos, dentre os quais 149 foram coletados o soro. Em relação à detecção molecular desses animais, assim como os cães, não foi detectada a presença de RNA viral em nenhuma das amostras de swab. Para realização do ELISA por meio de esferas magnéticas, assim como os caninos, utilizamos 51 amostras de soro de um período pré-pandêmico (2014). Notou-se que as amostras pré-pandêmicas apresentaram valores de densidade óptica mais elevados, em sua maioria, do que as amostras coletadas durante a pandemia. Por isso, foi impossível traçar um ponto de corte da reação pela análise da curva ROC com os resultados obtidos. Portanto, esses resultados demonstram que pesquisas na área de vigilância molecular e estudos sorológicos com animais são de extrema importância para compreender a dimensão da infecção de outros coronavírus, quais são os papéis desses animais na epidemiologia viral e como é a sua resposta imune. |