Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
SANTOS, LEONARDO JOSÉ MORAIS |
Orientador(a): |
CORREIA, HELENA FRANÇA |
Banca de defesa: |
SILVA, CASSIO MAGALHÃES DA SILVA E,
MORAIS, CAIO CÉSAR ARAÚJO,
CORREIA, HELENA FRANÇA |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNIFERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação Processos Interativos dos órgãos e Sistemas
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33466
|
Resumo: |
Introdução: A ventilação mecânica invasiva, além de sua função terapêutica, permite o acesso a diversas informações relacionadas ao funcionamento do sistema respiratório pela mensuração da mecânica respiratória. Dessa forma, a adequada monitorização dos aspectos relacionados a esse processo é fundamental ao prognóstico dos pacientes. No entanto, ainda há divergências na literatura quanto à parametrização utilizada, como ocorre com os tempos de pausa inspiratória. Objetivo: Neste contexto, este estudo se propôs a comparar as mensurações de mecânica respiratória entre esses dois diferentes tempos de pausa inspiratória em pacientes submetidos à ventilação mecânica invasiva controlada e comparar as constantes de tempo, quando utilizados diferentes tempos de pausa inspiratória. Método: Estudo de corte transversal, realizado nas unidades de terapia intensiva de um hospital da rede estadual de saúde, na cidade de Salvador - Bahia, entre agosto de 2019 e setembro de 2020. As fontes primárias de dados foram os registros das mensurações da mecânica respiratória (pressão de pico, pressão de platô, complacência estática, resistência e pressão resistiva), realizadas com tempos de pausa inspiratória de 0,5 e 2,0 segundos, bem como os parâmetros de oxigenação (SpO2), função cardiovascular (pressões arteriais sistólica, diastólica e média e frequência cardíaca), altura corporal e peso predito, enquanto que os dados secundários como idade, sexo, motivo da internação, data da intubação e presença de comorbidades foram extraídos dos prontuários de cada paciente. Incluíram-se pacientes de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 18 anos e em uso de ventilação mecânica invasiva, sem interação com a prótese ventilatória, com hemodinâmica estável, caracterizada pela ausência ou baixas doses de drogas vasoativas ou inotrópicas e sem fraturas recentes ou anormalidades diagnosticadas na caixa torácica, na coluna vertebral e no quadril. Os critérios de exclusão foram alteração da pressão arterial média maior que 20% em relação à basal, pressão arterial sistólica < 90 mmHg, e saturação periférica de oxigênio < 90%. A análise das mensurações foi feita por meio do teste t pareado; para avaliação da relação linear entre os tempos de pausa utilizou-se o coeficiente de correlação intraclasse e a avaliação do nível de precisão entre os dois tempos de pausa foi realizada por meio do teste de Bland-Altman. Resultados: 101 pacientes foram incluídos neste estudo e não houve necessidade de exclusões no decorrer da pesquisa. Os pacientes apresentaram média de idade de 59,2 ± 16,3 anos, sendo 65% do sexo masculino. Os processos patológicos de origem clínica e neurológica (34%) representaram a maior parte dos motivos de internamento. Não houve variações significativas entre os dados de pressões de pico e platô, complacência estática, pressão resistiva, resistência de via aérea, driving pressure ou constante de tempo nos dois tempos de pausa inspiratória. Foram registradas variações entre as mensurações das variáveis hemodinâmicas. A baixa variabilidade dos dados de mecânica respiratória foi ratificada por meio do teste de Bland-Altman, sendo encontrada concordância entre elas, P = 0,087. Houve também boa correlação entre essas mensurações (CCI = 0,956 e p = 0,001), o que sugere alto grau de reprodutibilidade. Conclusão: Não foram evidenciadas diferenças entre os resultados das mensurações da mecânica respiratória, quando comparados dois diferentes tempos de pausa inspiratória (0,5 e 2,0 segundos), nem das constantes de tempo resultantes, enquanto que as diferenças identificadas nas variáveis hemodinâmicas (PAD, PAM e FC), ainda que visíveis numericamente, não refletiram significância clínica. |