Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Souza, Marcos Aurélio dos Santos |
Orientador(a): |
Ramos, Ana Rosa Neves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/8377
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Resumo: |
A fundação, enquanto discurso de origem civilizadora das nações contemporâneas e a mestiçagem, entendida como discurso fundacional da nação brasileira, são os temas tratados por esta pesquisa. A partir da leitura de cenas e contextos sociais, culturais e artísticos e,principalmente, das obras dos escritores baianos Jorge Amado, Sosígenes Costa e Adonias Filho, busca-se investigar o discurso fundacional não apenas como justificativa do nacionalismo, do racismo, da xenofobia e das políticas anti-imigracionistas, mas em suas rasuras, ou seja, processos de descontinuidade e de dispersão, configuradores daquilo que se denomina: narrativas do “renegado começo”. Tais narrativas promovem uma percepção crítica e genealógica da história, uma abordagem estratégica acerca de sujeitos culturais e lugares,desenvolvida a partir de uma visão plural e conflituosa de experiências culturais. Esta visão desconstrói o determinismo da metafísica da presença fundacional, em seu desejo de continuidade dos ideais raciais e nacionalistas. Tocaia Grande, Iararana e Luanda Beira Bahia, e outras narrativas dos autores, respectivamente referidos, operam processos ambivalentes de identificação cultural, que põem em xeque tanto as referências unívocas e fixas da perspectiva histórica eurocêntrica, quanto o ideal da mestiçagem, produzido por alguns pensadores sociais do Brasil. A mestiçagem, entendida por esses pensadores como discurso de síntese racial e cultural, amparada na previsibilidade do sujeito nacional, na construção conciliatória ou definitiva da ideia de “povo brasileiro”, encontra, especialmente na obra de Jorge Amado, o enfoque rasurado, através de personagens andejos e desterrados que, situados numa encruzilhada de culturas, ou num começo historicamente renegado, não se encaixam no ideal desse discurso. |