Avaliação da resposta imune de anticorpos IgG a vacina pneumocócica conjugada 10-valente em crianças na cidade de Salvador-Ba

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Costa, Camila Souza
Orientador(a): Atta, Maria Luiza Brito de Sousa
Banca de defesa: Santos, Silvane Maria Braga
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Instituto de Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Imunologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/22053
Resumo: Introdução: As infecções pneumocócicas são as principais causas de mortalidade e morbidade infantil em todo o mundo. Ainda não há resultados conclusivos sobre a imunogenicidade da vacina pneumocócica 10-valente (PCV10), recomendada pelo Programa Nacional de Imunizações, em crianças com risco aumentado para doenças infecciosas. Objetivo: O principal objetivo deste estudo foi avaliar a resposta imune de anticorpos IgG contra os sorotipos presentes na PCV10. Materiais e Métodos: O estudo foi conduzido no Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE/UFBA) e no 16º Centro de Saúde. Foram incluídas, 13 crianças (Grupo 1) com diagnóstico de alguma patologia ou imunodeficiência (idade = 2,0 meses, IQR 2,0 - 2,5) e 30 crianças saudáveis (Grupo 2) (idade = 2,0 meses, IQR 2,0 - 2,0). Todas as crianças foram imunizadas com 4 doses da vacina e as amostras de sangue foram coletadas das mesmas, antes da 1ª e 4ª imunizações (T1 e T4) para medir a concentração de IgGs sorotipo-específicos. Foi realizado um ELISA indireto, utilizando a PCV10 como antígeno. Soros das crianças, controle de referência positivo (007sp) e controles negativos foram misturados com um absorvente contendo polissacarídeos capsulares C e 22F para remover os anticorpos não específicos contra antígenos bacterianos comuns. Resultados: Verificou-se que, no Grupo 1, 12/13 (92%) das crianças possuíam anticorpos IgG maiores que o ponto de corte de 1,022 ng/mL (mediana = 10,8 ng/mL, IQR = 3,0 - 18,5 ng/mL). Além disso, da 1ª para 4ª dose houve um aumento de 22 vezes na mediana (P= 0,0002). No Grupo 2, 29/30 (97%) tiveram uma resposta satisfatória acima do ponto de corte (mediana = 16,0 ng/mL, IQR = 7,3-35,6 ng/mL) e um aumento de 53 vezes na mediana (p<0,0001) da 1ª para 4ª dose. Com relação às imunoglobulinas, no Grupo 1, 38,5% (5/13) das crianças apresentaram IgM diminuída e 23% (3/13) tinham IgG inferior ao valor de referência. Todavia, no Grupo 2, 6,7% (2/30) das crianças apresentaram níveis de IgG abaixo do valor preconizado. Conclusões: Crianças portadoras de doenças crônicas e/ou imunodeficiências apresentam títulos de anticorpos contra os sorotipos vacinais favoráveis e equivalentes aos títulos de anticorpos anti-PCV10 em crianças imunocompetentes.