Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Marengo, Shanti Nitya |
Orientador(a): |
Henrique, Wendel |
Banca de defesa: |
Vasconcelos, Pedro de Almeida,
Penna, Nelba Azevedo |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Geociências
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geografia (POSGEO)
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/17786
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Resumo: |
Esta pesquisa trata de um estudo sobre a noção de lugar nas publicações relativas aos Simpósios de Geografia Urbana (Simpurbs), a fim de se observar as formas e coerências quanto ao seu emprego nos diversos artigos publicados. Observamos como os autores, na utilização das diversas noções de lugar, coincidem, se interseccionando ou divergindo a fim de transmitir suas respectivas reflexões relativas aos diversos temas abordados, onde o lugar não necessariamente aparecia como uma noção central. Realizamos esse trabalho não sem antes observar a antiguidade da noção no pensamento ocidental, geográfico ou não, e observar como as características que o define hoje – caráter existencial, particularidade, centralidade na subjetividade humana etc. – foram sendo agregadas ao longo da evolução do pensamento geográfico. Em específico, nos detemos no reconhecimento e análise do lugar nos artigos apresentados em mesas e comunicações que foram publicados ao longo de dez Simpurbs – de 1989 a 2007 – no âmbito de duas abordagens geográficas relacionadas, respectivamente, à Geografia Crítica e à Geografia Humanística. Como não nos restringimos, nesta análise, àqueles textos que se referissem ao lugar com todos os seus atributos, tivemos a oportunidade de encontrar outras noções que partilham atributos comuns ao lugar como: diferença, local, territorialidade não-formal, entre outros. Isso serviu para enriquecer a reflexão quanto à importância de se avaliar espaços singulares na geografia. Observamos que muitos artigos fazem a crítica à globalização da modernidade, não necessariamente nestes termos, visando a emergência das dinâmicas que caracterizam o lugar, baseadas na comunicação, na vizinhança e no encontro. Está claro, para vários autores, a gradativa homogeneização dos processos que ocorrem em todos os lugares e o quanto esses processos são causadores de alienação. Nota-se que a resistência a esses processos emergem nos próprios lugares onde eles agem. Grande parte das reflexões se refere à expansão e aceleração do processo de urbanização e se debruçam sobre o trabalho de entender a crise causada pelo mesmo processo, revelando as contradições, os dramas, ocultos no cotidiano programado. |