Pensamento crítico em saúde: análise das percepções e conhecimentos de profissionais de saúde e educação para a promoção de um processo formativo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Oliveira, Vanessa Rodrigues de lattes
Orientador(a): Soares, Daniela Arruda lattes
Banca de defesa: Soares, Daniela Arruda lattes, Martins, Poliana Cardoso lattes, Balardin, Joana Bisol lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC-ISC)
Departamento: Instituto Multidisciplinar em Saúde (IMS)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38292
Resumo: O conhecimento sobre pensamento crítico entre profissionais de saúde e educação é importante à medida que se apresenta como uma potente ferramenta na promoção de transformação social e engajamento cidadão. Não obstante, o mapeamento do seu conhecimento entre profissionais de saúde e educação para proposição de processos formativos, representa um desafio face ao caráter multifacetado que perpassa as racionalidades e práticas epistêmicas adotadas pelos mesmos. Assim, delimitou-se como objetivo geral Analisar a percepção de profissionais de saúde e de educação acerca do pensamento crítico em saúde e os níveis de literacia em saúde, a partir de um processo formativo para promoção do pensamento crítico em saúde. O delineamento empregado foi qualitativo e quantitativo. A amostra contou com os profissionais de saúde que atuam no Programa Saúde da Família e profissionais de educação do ensino fundamental, ambos integrantes do Programa Saúde na Escola. A coleta dos dados foi realizada no período de Março a Abril de 2022. Os dados qualitativos foram coletados por meio de entrevistas semi-estruturadas gravadas em áudio e posteriormente transcritas, as quais passaram por uma análise de conteúdo categorial. Os dados quantitativos foram obtidos por meio de questionário e analisados de forma inferencial. Os resultados qualitativos mostraram uma variedade de concepções sobre pensamento crítico o que aponta a polissemia conceitual que o termo carrega. Quatro concepções principais de pensamento crítico foram identificadas nesta pesquisa: direcionado a habilidades e competências; oriundo da lógica/razão e da ciência; voltado para a justiça social; com foco na emancipação dos sujeitos envolvidos. Os resultados quantitativos apontaram que o nível de literacia em saúde foi suficiente para grande parcela dos participantes (84,3%), em especial para os profissionais de saúde (89,3%). Pretos e pardos, casados e que vivem com companheiro, com graduação/especialização, maior tempo de atuação no cargo, associaram-se a níveis insuficientes de literacia em saúde. Conclui-se que a promoção crítico é um tema global que precisa ser trabalhado, tanto na formação acadêmica quanto laboral, a partir de ações governamentais permanentes que o estimulem, de modo a conferir suporte à gestão estratégica, à decisão política e ações práticas nas áreas de saúde e de educação.