ESCREVIVÊNCIAS E REEXISTÊNCIAS: DISCENTES DA EJA COMO SUJEITOS LEITORES E ESCRITORES

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Reis, Severino Alves lattes
Orientador(a): Souza, Ana Lúcia Silva lattes
Banca de defesa: Santos, José Henrique de Freitas, Oliveira, Maria Anória de Jesus
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado Profissional em Letras - (PROFLETRAS) 
Departamento: Instituto de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/34885
Resumo: A presente pesquisa, denominada Escrevivências e Reexistências: Discentes da EJA como sujeitos leitores e escritores, foi desenvolvido no âmbito do Programa de Mestrado Profissional em Letras – PROFLETRAS –, da Universidade Federal da Bahia - UFBA -, e tem como centralidade refletir sobre o ensino de língua portuguesa sob a perspectiva da implementação da Lei 10639/2003 – que altera a LDB e institui o ensino da história e cultura afro-brasileiro nos artigos 26a e 79b. A pesquisa comporta um projeto de letramento focado na análise de contos de Conceição Evaristo do livro Olhos d’água (2016), buscando descortinar os preconceitos, racismo e sexismo ainda vigentes na sociedade brasileira, principalmente contra mulheres, e em especial, as negras. E, a partir desse percurso, incentivar a escrita autoral de textos de alunas e alunos da Educação de Jovens e Adultos – EJA na Escola Municipal Laura Folly, no município de Dias d’Ávila. O estudo leva em consideração as experiências e os letramentos de cada estudante participante e tem como finalidade oferecer elementos para que haja reflexão e análise que questionem a condição de subalternidade racial e de gênero a que grande parte da população brasileira ainda está submetida. A nossa aposta é que, na interação em sala de aula, se possa construir outros mundos. A pesquisa está ancorada nos aportes teóricos e conceituais: Miguel González Arroyo (2005), Kabengele Munanga (2008), Djamila Ribeiro (2018), Conceição Evaristo (2016), Ana Célia Silva (2004), Brian V. Street (2014), Angela Kleiman (2005), Gabriel Nascimento (2019), Ana Lúcia Silva Souza (2011), Maria Amélia Dalvi (2013), Florence; Carboni (2003), Nilma Lino Gomes (2005), entre outros. O desenvolvimento do projeto, ainda que parcialmente em sala de aula devido às restrições do período pandêmico, permitiu refletir sobre o fazer docente de modo a afirmar a necessidade de que a língua portuguesa como acolhimento esteja na sala de aula assim como seja o lugar do sentir-se bem e sentir-se também donos da nossa própria história, individual e coletivamente na busca pela igualdade racial e de gênero.