NÓS E A GENTE EM SALVADOR: CONFRONTO ENTRE DUAS DÉCADAS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Nascimento, Carina Sampaio
Orientador(a): Paim, Marcela Moura Torres
Banca de defesa: Lopes, Norma da Silva, Mota, Jacyra Andrade
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27654
Resumo: Esta dissertação apresenta um estudo sobre a variação, no português brasileiro, dos pronomes de primeira pessoa do plural, nós e a gente, em posição de sujeito, identificando tanto os fatores sociais, quanto os ambientes linguísticos que os condicionam na fala de informantes da primeira e da terceira faixa etária dos inquéritos do Projeto Norma Linguística Urbana Culta da cidade de Salvador (Projeto NURC-SSA) do tipo DID-Diálogos entre Informante e Documentador com o objetivo de descrever os padrões reais de uso na comunicação oral, adotados por indivíduos portadores de nível superior da cidade de Salvador, dos anos setenta, confrontados com dados dos anos noventa. Apresentam-se considerações sobre a trajetória do pronome a gente e investigam-se, em seguida, as contribuições de gramáticos e linguistas acerca desses pronomes. A análise empírica tem por base dados de vinte e quatro inquéritos, examinados numa perspectiva sociolinguística, submetidos ao programa GoldVarb/2001, buscando-se evidenciar a relação entre as categorias nós e a gente e os fatores linguísticos, como preenchimento do sujeito, nível de referencialidade, paralelismo discursivo, tempo e modo verbal, tipo de oração, tipo de verbo, tipo de texto e classificação da frase, e extralinguísticos, como gênero, faixa etária e década da gravação do inquérito, que pudessem influenciar no comportamento linguístico do falante. A partir da análise realizada, observouse que: a) o uso de a gente vem crescendo no Português do Brasil; b) os fatores linguísticos, preenchimento do sujeito, nível de referencialidade, classificação da frase, e os extralinguísticos considerados exercem influência na escolha do recurso de que o falante se vale para representar o pronome de primeira pessoa do plural no Projeto NURC-SSA.