Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Souza, Débora de |
Orientador(a): |
Santos, Rosa Borges dos |
Banca de defesa: |
Barreiros, Patrício Nunes,
Marfuz, Luiz César Alves,
Souza, Arivaldo Sacramento de,
Duarte, Rosinês de Jesus Duarte |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Letras
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29881
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Resumo: |
No âmbito da Filologia, em diálogo, principalmente, com a Arquivística e com a Informática, elaboramos um arquivo hipertextual do dossiê da Série de estudos cênicos sobre poder e espaço (SECPE), parte significativa da dramaturgia censurada de Nivalda Costa, composto por edições e documentos, suporte de estudo crítico que subsidiou a construção de uma leitura filológica de sua atuação, no contexto da ditadura militar na Bahia. Essa série, resultante de pesquisas, (re)leituras e experimentos, é constituída de seis textos teatrais escritos (no e) para o palco como manifestos, por meio dos quais a dramaturga, diretora e intelectual negra, denunciava abusos de poder e incitava o público a transformar a sociedade. Por estratégia de leitura, para constituir e interpretar o dossiê, formado por mais de duzentos documentos, organizamos o Acervo Nivalda Costa, integrante do Arquivo Textos Teatrais Censurados, fundo Textos Teatrais Censurados, vinculado ao Instituto de Letras da UFBA. Respeitando a peculiaridade dos documentos reunidos, dentre esses, texto teatral, matéria de jornal, documentação censória, esboço e rascunho, e material audiovisual, que nos permitiu ler os processos de produção, transmissão, circulação e recepção dos textos teatrais, objeto de estudo, e o sujeito Nivalda Costa, adotamos uma tendência editorial pragmática, de base social e política, reconhecendo os aspectos materiais e históricos dos documentos/testemunhos, bem como assumindo a conduta crítica do filólogo-editor. Nesse sentido, apresentamos no Arquivo Hipertextual, acessível a partir do website http://acervonivaldacosta.com, composto dos menus Apresentação, A autora, O acervo, Consulta, Edições e Contato, edição fac-similar de todos os testemunhos dos textos, edição interpretativa hipermídia de Glub! Estória de um espanto, edição crítica hipermídia de Aprender a nada-r e edição sinóptico-crítica hipermídia de Vegetal vigiado; textos críticos em formato de impressão, para leitura, estudo e/ou encenação; critérios de elaboração e de apresentação; e todos os documentos do dossiê. Tecemos, por meio dessa plataforma, das edições e dos documentos, uma crítica filológica de Nivalda Costa, de sua produção aguerrida e de suas práticas de resistência, considerando a figura da intelectual negra, suas redes de sociabilidade, seu envolvimento em projetos artísticos, culturais e populares. Ressaltamos, contudo, sua trajetória no campo do teatro, como dramaturga e diretora, no contexto sociocultural da década de 1970, desenvolvendo uma leitura da artista e da SECPE, na qual sobressaem a figura da estudiosa e a sua prática de pesquisa dialógica e transgressora, parte de uma vertente que defende a diversidade epistemológica, ontológica e cultural, buscando construir um conhecimento a respeito de Nivalda Costa. |