Práticas de cuidado a pessoas vivendo com HIV/aids adotadas pela equipe de enfermagem de uma unidade de saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Jesus, Michele Cunha
Orientador(a): Paiva, Mirian Santos
Banca de defesa: Paiva, Mirian Santos, Carvalho, Evanilda Souza de Santana, Oliveira, Jeane Freitas de, Almeida, Mariza da Silva
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: em Enfermagem
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
HIV
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/13588
Resumo: As pessoas vivendo com HIV/aids necessitam de cuidados de saúde qualificados, humanizados e individualizados para atender suas necessidades, expectativas e medos. Pesquisa exploratória, de caráter qualitativo, desenvolvida com os objetivos de analisar as percepções da equipe de enfermagem sobre as práticas de cuidado a pessoas vivendo com HIV/aids e de caracterizar as práticas de cuidado prestadas a pessoas vivendo com HIV/aids. A pesquisa foi desenvolvida com 04 enfermeiras e 09 técnicas em atuação no ambulatório e na unidade de internação especializada em infectologia de um Hospital Universitário, localizado no município de Salvador-BA. Foram observados os aspectos ético-legais dispostos na Resolução 196/96, do Conselho Nacional de Saúde. Como técnica para coleta de dados, utilizou-se a entrevista semi-estruturada e a observação participante. Para tratamento dos dados, adotou-se a análise de conteúdo de Bardin. O estudo revelou que para os sujeitos da pesquisa, as práticas de cuidado de enfermagem a pessoas com HIV/aids foram caracterizadas como assistenciais. As participantes, apesar de terem naturalizado as práticas de cuidado como sendo igual ao dispensado a qualquer outro(a) paciente registraram que a assistência deve ser realizada com bastante cautela, atenção e precauções redobradas. Também revelaram que a falta de conhecimento contribui para o desenvolvimento do medo e do preconceito e que a experiência profissional e o contato com as pessoas soropositivas desmistificam o cuidado. As ações educativas das práticas assistenciais se apresentaram com caráter informativo, o que pode não permitir à pessoa cuidada uma reflexão e a sensibilização da necessidade de adesão ao tratamento e da redução de riscos e danos. Nesse sentido, ressaltam que as práticas de cuidado a pessoas vivendo com HIV podem ser influenciadas por vários fatores, tais como: as repercussões da história do HIV; as experiências vivenciadas por cada profissional; os conhecimentos adquiridos no cotidiano da atuação e as condições que a instituição proporciona. Esse trabalho trouxe reflexões sobre a formação profissional de enfermagem, tanto no âmbito do ensino superior quanto do técnico, identificando que a(o) discente precisa refletir sobre suas práticas de cuidado, as quais devem ser estruturadas no conhecimento técnico e teórico, mas também nas relações interpessoais e no acolhimento humanizado, seja qual for a área de atuação.