“Filme de Arquivo” e representações visuais da informação: contribuições da análise fílmica pelo método comparatista de constelação.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Kalinka Brant da lattes
Orientador(a): Novo, Hildenise Ferreira
Banca de defesa: Cordeiro, Rosa Inês de Novais, Sá, Alzira Queiroz Gondim Tude de, Lins, Ivana Aparecida Borges, Mota, Mabel Meira
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação 
Departamento: Instituto de Ciência da Informação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41472
Resumo: Os “filmes de arquivo” se caracterizam pelo uso de imagens pré-existentes em produções audiovisuais. Esses filmes utilizam arquivos de imagens provenientes de acervos históricos, instituições custodiadoras de arquivos audiovisuais e fotográficos, assim como, acervos pessoais ou privados. Além de imagens fixas (fotografias) ou imagens em movimento (fragmentos de outros filmes, cinejornais, noticiários, propagandas, vídeos clipes, etc.), podem também ser utilizados nos filmes fragmentos de arquivos de áudio e imagens de documentos textuais. A prática de reutilização de imagens nos filmes coincide com o início do desenvolvimento do cinema. Trata-se de uma prática que cineastas vêm desenvolvendo ao longo de muitos anos. Nesse sentido, esta pesquisa de caráter exploratório, que adotou procedimentos de pesquisa bibliográfica, documental e filmográfica buscou investigar um método de análise fílmica em “filmes de arquivo” com objetivo de evidenciar o potencial informativo desses filmes. Há uma demanda por profissionais para desenvolverem atividades de tratamento do acervo audiovisual que envolvem organização, preservação, representação e acesso. O método encontrado e proposto foi a vertente comparatista de constelação fílmica. Nos três filmes analisados, Negros (2008) de Mônica Simões; 48 (2009) de Susana de Sousa Dias e Retratos de Identificação (2014) de Anita Leandro, foram identificados semelhanças, afinidades e distanciamentos em relação aos usos de determinados tipos de imagens de arquivo que compõe a narrativa desses filmes. O percurso da análise fílmica resultou na proposta de identificação e registro da localização dos originais ou cópias das imagens utilizadas pelos filmes. Esses registros envolvem a descrição das instituições custodiadoras ou acervos pessoais e privados onde se encontram os originais ou cópias das imagens reutilizadas. Conforme orienta a Nobrade (Norma brasileira de descrição arquivística) o registro da existência de originais ou cópias de uma unidade de descrição pode ser realizada em “áreas de fontes relacionadas”. Além disso, os “filmes de arquivo” ao utilizarem formas tangíveis da informação – as imagens – podem ser caracterizados numa noção de representação visual da informação. Esta pesquisa espera contribuir, a partir da proposta de análise fílmica empreendida, para a visibilidade e preservação de acervos e arquivos de imagens, impulsionar novas perspectivas para a disciplina arquivística e fortalecer o compromisso social da Ciência da Informação.