Salvador, a cidade mais negra e suas piscinas mais brancas: estudo sobre o racismo estrutural da natação a partir da análise documental e cartográfica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Veiga, Vitoria Leite da lattes
Orientador(a): Abrahão, Bruno Otávio de Lacerda lattes
Banca de defesa: Silveira, Raquel da lattes, Santos, Romilson Augusto dos lattes, Abrahão, Bruno Otávio de Lacerda, Brito, Patrícia Lustosa
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) 
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37647
Resumo: Este trabalho analisa, por meio da cartografia e das políticas públicas de democratização da natação na cidade de Salvador, como o racismo estrutural se estabelece e afeta a ampliação desta prática a partir das questões socioeconômicas, históricas, sociais, estruturais e espaciais. Buscando associar o desenvolvimento dos projetos públicos de infraestrutura e sociais que buscavam a difusão da modalidade a partir da obrigatoriedade da natação no currículo escolar, entre os anos de 2009 a 2021, e a sua efetiva concretização na promoção das desigualdades raciais e inclusão social, para a população soteropolitana; em destaque a adolescentes em idade escolar. Nesta pesquisa foi concluído, que apesar das políticas implementadas, a maior parte das escolas de Salvador das quais tem prática da natação como obrigatórias, encontram-se a mais de 2000 metros das piscinas públicas recomendadas, dificultando a possibilidade de deslocamento e associando as questões de não execução deste conhecimento por parte das escolas. Além disso, as piscinas adequadas se encontram nos bolsões socioeconômicos altos e maior número de pessoas autodeclaradas brancas, o que compromete a democratização da natação em Salvador. Apesar dos esforços para promover a inclusão social por meio da natação, a realidade prática revela desafios e barreiras que impedem o acesso universal à prática e limitam seu potencial como ferramenta de transformação social.