Autopercepções de "ser surdo" no contexto universitário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Costa, Rafaella Bitencourt lattes
Orientador(a): Techio, Elza Maria lattes
Banca de defesa: Techio, Elza Maria lattes, Torres, Ana Raquel Rosas lattes, Sousa, Yuri Sá Oliveira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPSI) 
Departamento: Instituto de Psicologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38260
Resumo: Historicamente, os surdos são uma categoria que é minoria social em relação aos ouvintes, sendo mais vulneráveis à atribuição de estereótipos negativos, com viés capacitista, e consequente preconceito e discriminação. Essas representações influenciam a formação do autoconceito do indivíduo a partir da consciência de pertença categorial. O presente estudo tem o objetivo de analisar através do ponto de vista das próprias pessoas surdas a identidade social a partir da auto-categorização, bem como, investigar as relações existentes entre a identidade da pessoa surda, e a estrutura social, composta por indivíduos que apresentam inúmeras dificuldades para se relacionar com as diferenças, estabelecendo barreiras - físicas e sociais. Partindo da crença de que a identidade social é construída nas interações sociais realizou-se cinco entrevistas narrativas episódicas com surdos, dois homens e três mulheres cujo objetivo foi mapear a trajetória e tomada de consciência da pertença grupal, e por conseguinte a identidade social de surdo. As entrevistas foram realizadas de forma online, devido ao momento da pandemia mundial da Covid-19, que exigiu distanciamento social. A análise das entrevistas foi feita através do método de Análise Temática, em que foram observados aspectos relevantes envolvidos no processo de construção da identidade social surda: os contextos em que a pessoa está inserida, o efeito da estrutura social majoritariamente ouvinte e os efeitos do capacitismo. Dentre os principais achados, a língua brasileira de sinais – LIBRAS – foi considerada um elemento central para a construção da identidade social surda. Também foi observado que atitudes preconceituosas e capacitistas estão associadas à identidade social negativa, e influenciam na autoconfiança das pessoas surdas, gerando sentimentos de preocupação diante de suas realidades e incidindo em diferentes estratégias individuais e coletivas de enfrentamento.