Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Vasconcelos, Laura Escudeiro de |
Orientador(a): |
Kraychete, Elsa Sousa |
Banca de defesa: |
Kraychete, Elsa Sousa,
Tablada, Carlos,
Aragão, Daniel Maurício Cavalcanti de |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Humanidades, Artes e Ciências
|
Programa de Pós-Graduação: |
Pós-Graduação em Relações Internacionais
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21800
|
Resumo: |
O presente estudo dedica-se às bases que edificam a cooperação internacional protagonizadas historicamente por Cuba com outros países periféricos, atentando para a singularidade desse fenômeno no campo das relações internacionais, uma vez que não se alinha diretamente ao ideário de desenvolvimento capitalista consolidado institucionalmente no sistema internacional no pós-guerra. Situar a singularidade do fenômeno cubano pressupõe, nesse sentido, atentar para os fundamentos da cooperação internacional em suas esferas específicas de atuação: a liberal (burguesa) e socialista (proletária). O primeiro capítulo aborda o conceito de internacionalismo na esfera de significação político-ideológica liberal, atentando às formas de articulação do internacionalismo liberal burguês e sua atuação política internacional. Demonstra como a dialética do internacionalismo liberal e suas transformações históricas atuam como lógica estruturante do modo de acumulação capitalista e, portanto, fundamentam as práticas necessárias para garantir esse processo de reprodução social — cooperação internacional como projeto de dominação. O segundo capítulo aborda o conceito de internacionalismo em sua dimensão político-ideológica proletária. Diante da compreensão da essência expansiva do modo de produção capitalista, a articulação do proletariado na dimensão internacional emerge como um imperativo categórico estratégico circunscrito sob a égide do conceito de contra-hegemonia. O capítulo aborda, nesse sentido, o ideário de desenvolvimento que subjaz as práticas do internacionalismo proletário, de modo a apontar sua lógica antagônica de solidariedade e projeto político distinto, consubstanciado no sistema soviético — cooperação internacional como projeto emancipatório. O terceiro capítulo examina, por fim, as particularidades da política de cooperação internacional protagonizada historicamente por Cuba com outros países periféricos, uma vez que a especificidade do regime político revolucionário cubano — um processo endógeno, a partir da implementação de um programa de transformações que alteraram drasticamente as diretrizes políticas, econômicas e sociais de Cuba e sua posição diante do sistema internacional — tem como estrutura a ideologia socialista e, em decorrência disso, fundamenta um ideário de desenvolvimento específico — cooperação internacional como (re)existência. |