Hanseníase em menores de 15 anos em Salvador (Bahia).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Santos, Sélton Diniz dos
Orientador(a): Teixeira, Maria da Glória Lima Cruz
Banca de defesa: Pereira, Susan Martins, Pena, Gerson Oliveira
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/16343
Resumo: Introdução: No Brasil tem-se constatado que, atualmente, a hanseníase vem apresentando maior detecção de casos nos ambientes urbanos. Por ser doença de longo período de incubação torna-se importante investigar se a transmissão do agente já está estabelecida nestes espaços. Objetivo: Descrever a distribuição intra-urbana dos casos de hanseníase em indivíduos menores de quinze anos residentes em Salvador e identificar o local onde está se processando a transmissão do M. leprae nesta faixa etária. Método: Estudo ecológico espacial de casos confirmados de hanseníase em menores de quinze anos residentes em Salvador, diagnosticados de 2007 a 2011. Os dados sobre os casos desta doença foram obtidos dos registros da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. Os pais ou responsáveis foram entrevistados quanto a existência de contato com outro caso de hanseníase e a história de migração familiar. Foram calculadas taxa de detecção anual e proporção de casos menores de 15 anos, considerando as variáveis de interesse. Foi realizada a distribuição espacial dos casos por bairro, proporção das variáveis de interesse. Resultados: A taxa de detecção em menores de 15 anos variou de 5,4 a 6,9/100 mil habitantes e apresentou distribuição espacial focal. As formas clínicas infectantes corresponderam a 40% do total de casos. Mais de 90% dos casos entrevistados residiam em Salvador há mais de cinco anos, 52,6% reconheceram contato com outro portador da doença no espaço intradomicílio e 25% no ambiente de convívio social. Conclusão: O estudo evidenciou que a transmissão do M. leprae se encontra estabelecida no território desta cidade de modo ativo e intenso. Esta situação revela que as medidas de vigilância e controle adotadas não estão obtendo o impacto epidemiológico esperado.