Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Magalhães, Denise Silva |
Orientador(a): |
Brito, Cristovão de Cássio da Trindade de |
Banca de defesa: |
Brito, Cristovão de Cássio da Trindade de,
Dantas, Eustógio Wanderley Correia,
Gomes Sobrinho, Lirandina,
Garcia, Mariña Pose,
Souza, Regina Celeste de Almeida |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geografia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/18982
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Resumo: |
RESUMO A pesquisa buscou compreender como se desenvolve e o que motiva a reprodução da fragmentação espacial e da segregação sócio-espacial no processo de urbanização do Litoral Nordeste (LNE) da Bahia, ao longo da rodovia BA-099 – “Estrada do Coco”. A parte costeira da região LNE baiano vem passando por importantes e significativas transformações sócio-espaciais e econômicas ao longo do último meio século, decorrente do processo de ocupação e uso do solo como resultado de sua integração à economia e à urbanização organizada em torno dos interesses dos agentes econômicos hegemônicos e do governo nas distintas escalas desde o local ao federal. O principal tipo de exploração desta parte da região está voltado para o turismo e o veraneio. Desde os anos 1970, apesar da dificuldade de acesso por não haver estradas, o veraneio no LNE baiano já era praticado pelos grupos sociais de alta renda provenientes principalmente da cidade do Salvador, atraídos pela paisagem natural nas áreas adjacentes à praia; com isso, ao longo do tempo, os proprietários de terras começaram a se interessar pela substituição do uso da terra rural pelo uso urbano com a oferta de loteamentos residenciais. A atividade turística foi sendo incorporada aos poucos. As transformações fundamentais no LNE baiano passaram a ocorrer de maneira mais efetiva com a construção do primeiro trecho da rodovia BA-099 – “Estrada do Coco”, em 1975. A partir deste evento foi aberta a possibilidade de incorporação sistemática da região às demandas do Governo baiano, sobretudo com o planejamento do turismo como alternativa para a diversificação econômica regional, por um lado, e por outro lado, a própria ação do Governo em implantar infraestrutura turística implicou o atendimento dos interesses dos proprietários de terras e dos agentes do mercado imobiliário com a oferta de lotes urbanos e habitação para os grupos sociais de média e alta renda, e investimentos em turismo. Isso implicou a valorização das terras, das benfeitorias e das habitações, na parte voltada para o mar, e do lado oposto à rodovia as terras obtiveram pouca valorização econômica em razão da urbanização precária e do adensamento da população nos povoados, sendo ocupadas principalmente pelas famílias com menor renda, e onde também se desenvolve um comércio varejista de consumo imediato e de onde é arregimentada a força de trabalho barato. Esta condição gerou áreas urbanas distintas social e espacialmente dos dois lados da rodovia BA-099. Assim, a ação preponderante do Governo e dos proprietários fundiários e do capital imobiliário voltados para o veraneio e para o chamado “turismo residencial” faz reproduzir os fenômenos da fragmentação espacial e da segregação sócio-espacial-residencial no processo de urbanização do LNE baiano. |