Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Borges, Cléa Conceição Leal
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Orientador(a): |
Pereira, Álvaro
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Banca de defesa: |
Estrela, Fernanda Araujo Valle Matheus
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Santos, Fransley Lima dos
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Coutos, Telmara Menezes
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
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Departamento: |
Escola de Enfermagem
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38121
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Resumo: |
Analisar a configuração da situação de saúde de homens e o direcionamento das ações governamentais Atenção Primária à Saúde, no Brasil, e as implicações das ações governamentais voltadas para a saúde de homens na prática profissional da Enfermagem na APS. Estudo descritivo, baseado na literatura científica sob a utilização de duas estratégias: revisão de escopo nas bases de dados bibliográficas especializada na área de Enfermagem BDENF, COCHRANE, Scientific Electronic Library Online, LILACS, vinculada à BVS, a partir de nove artigos publicados, dos anos de 2000 a 2020, orientados pela metodologia da Joanna Briggs Institute e análise documental com dados obtidos em 31 ações governamentais dos anos de 2009 a 2021, extraídas das bases de dados oficiais hospedados na internet, dos órgãos ligados ao setor da saúde e áreas afins do governo federal do Brasil: página eletrônica do Ministério da Saúde, portal da legislação, portal de arquivos do Ministério da Saúde e outros, obtendo-se leis, planos, notas técnicas, manuais técnicos, guias de orientação e educativo/instrutivo como cartilhas, cartazes, panfletos. Os achados foram discutidos com a literatura científica atual sobre o tema, em alinhamento com os princípios e diretrizes da PNAISH. A situação de saúde de homens na APS está permeada pela concentração de barreiras de acesso e procura pelos serviços estando implicadas nesta adesão: as modalidades clínicas; o medo, a provisão familiar, a invulnerabilidade, automedicação e a feminilização dos serviços de saúde. As principais demandas estavam relacionadas à dor, febre, problemas musculoesqueléticos e as necessidades de saúde bucal, sexual, mental e à prevenção e controle de doenças negligenciadas e das Doenças Crônicas não Transmissíveis. Os marcadores sociais e a construção social das masculinidades influenciam, efetivamente, na situação de saúde e na autopercepção de saúde, a qual contribui também para a busca por serviços mais especializados. Os homens apesar de reduzida frequência nas consultas e na adesão às terapêuticas, participam de grupos educativos em saúde. Quanto as ações governamentais federais relacionadas a situação de saúde de homens expressam um recorte de direcionamento focal a cada tempo histórico e político, e se revelam pela deliberação de ações normativas com o enfoque para a legislação da atenção à saúde de homens no país, ancoradas em uma agenda política para o enfrentamento da morbimortalidade elevada do público masculino e da ampliação e fortalecimento do acesso de homens aos serviços de saúde e com foco na formação, capacitação e aprimoramento profissional das equipes de saúde, dos gestores e apoiadores técnicos a nível nacional. As ações governamentais ainda são pouco expressivas, pois não contemplam todos os eixos do PNAISH, como a mental, espiritual, aos contextos de vulnerabilidade como a situação prisional, a diversidade sexual e de gênero e a etnicidade, cultural e os territórios. Necessita-se inserir o enfermeiro, como integrante da equipe multiprofissional atuando dentro da ESF, utilizando táticas que proporcionem a inserção do homem nos serviços de saúde, apontando a necessidade de educação permanente e capacitação desses profissionais para atuarem frente ao PNAISH, na consolidação da construção de conhecimentos sobre a relação gênero e saúde. |