Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Bruno César de Carvalho
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Orientador(a): |
Santos, Cleber Luz |
Banca de defesa: |
Santos, Cleber Luz,
Kons, Rafael Lima,
Lopes, Tiago da Silva |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós Graduação em Ciências da Reabilitação (PPGREAB)
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Departamento: |
Instituto Multidisciplinar de Reabilitação e Saúde (IMRS)
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37464
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Resumo: |
Contextualização: As cirurgias do joelho ocasionam processos de reparação tecidual que culminam em dor, formação de edema e maior consumo de medicamentos. Para amenizar estas repercussões é recomendado o uso da crioterapia, sendo um recurso não farmacológicos com efeitos positivos no controle da temperatura intra-articular, no controle inflamatório e no restabelecimento precoce da força muscular. A compressão local pode ser adicionada à crioterapia ampliando o potencial terapêutico desta conduta. Apesar desta combinação ser amplamente praticada, as evidências científicas não são conclusivas quanto a superioridade terapêutica do uso associado de crioterapia e compressão quando comparado à crioterapia isoladamente. Objetivo: Verificar se a compressão exerce efeito aditivo à crioterapia na dor, edema e no consumo de medicamento em indivíduos que realizaram procedimentos cirúrgicos no joelho. Materiais e métodos: Foi realizada uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados (ECR) com metanálise que comparou a crio-compressão com a crioterapia isolada na dor, edema e consumo de medicamentos no pós-operatório de cirurgias de joelho. A revisão seguiu as diretrizes do Preferred Reporting Items for Systhematic Reviews and Meta-analyses (Prisma), com protocolo registrado no PROSPERO sob o n° CRD42022321200. A busca nos principais bancos de dados foi baseada na estratégia PICOS por pesquisadores independentes. A metanálise foi realizada com auxílio do software Review Manager – RevMan 5.4, para os desfechos na primeira e segunda semana de pós-operatório (P.O.), sendo calculadas as diferenças médias com intervalos de confiança de 95%. Resultados: Foram selecionados 5 ECR que preencheram os critérios de inclusão, com 267 indivíduos (Masculino: 156, feminino: 111) e a idade variando entre 24,2 a 71,7 anos. A metanálise mostrou não haver benefícios adicionais da compressão quando associada à crioterapia isolada na Dor na primeira semana (diferença de média (MD) -0,71 (IC 95%: -1,68 a 0,26; p<0,15), na Dor na segunda semana: (MD: 0,13, IC:95%: -057 a 0,31; P<0,57) e no edema na primeira semana (MD: -0,32, (IC: 95%, -0,89 e 0,25; p<0,27). Discussão: A presente metanálise não encontrou diferença para os desfechos dor e edema a curto prazo. Não sendo possível afirmar que a crio-compressão é superior à crioterapia isolada. Apesar da questionável qualidade metodológica dos 5 ECR, os resultados estão parecidos com os de SONG e colaboradores (2016). Os dados de outras revisões sistemáticas são insuficientes para determinar um caminho consistente sobre a superioridade da crio-compressão sobre a crioterapia isolada. além disso, os dispositivos de crio-compressão são de alto custos comparados à crioterapia isolada. Conclusão: A presente revisão direciona para lacunas de conhecimentos que precisam ser supridas para que haja uma evidência clínica robusta da dualidade entre crio-compressão x crioterapia isolada. Baseando-se nesses achados, os custos e recursos adicionais têm que ser levados em consideração, não sendo possível determinar qual modalidade é clinicamente superior. |