Bioprospecção de pigmentos naturais produzidos por fungos endofíticos da Caatinga

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Patrícia Oliveira
Orientador(a): Roque, Milton Ricardo de Abreu
Banca de defesa: Roque, Milton Ricardo de, Chinalia, Fábio Alexandre, Bragança, Carlos Augusto Dórea, Santos, Suikinai Nobre
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Departamento de Biointeração
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Renorbio -(Rede Nordeste de Biotecnologia)
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24113
Resumo: Pigmentos extraídos de fungos são uma alternativa promissora em relação aos corantes obtidos de animais e vegetais, não apresentam problemas de sazonalidade e podem ter sua produção otimizada e controlada. A primeira etapa deste trabalho foi isolar e obter cultura pura de fungos endofíticos de plantas do Bioma Caatinga. Foram obtidos 260 isolados, destes, 4 isolados foram selecionados, para a produção de pigmentos em meio de cultivo. Após a análise dos isolados quanto ao crescimento e a produção do pigmento, os isolados EARIM3A e EARIM9A foram selecionados por produzirem pigmentos com cor de interesse para indústria, amarelo e vermelho respectivamente e apresentaram boa produção em meio de cultura líquido. O isolado EARIM3A, foi identificado como pertencente ao táxon Penicillium mallochii e o EARIM9A como Penicillium cairnsense. As condições de produção de pigmento amarelo do isolado de P. mallochii foram otimizadas utilizando planejamento experimental do tipo DCCR com três variáveis: pH, temperatura e rotação. A produção do pigmento amarelo ocorreu em diferentes condições de cultivo: na faixa de pH (2,0 a 8,4); na temperatura de 24 °C a 30 °C; e foi capaz de produzir em condição estacionária, ou com rotação variando de 36 a 144 rpm. O pigmento foi incorporado tanto no micélio quanto liberado no meio de cultura. Do ensaio com a melhor produção do pigmento amarelo extracelular foi obtido 1,771 g/L de extrato bruto, e do pigmento endocelular 4,47 g/L. Dentre as condições testadas, a temperatura em 24°C, estacionária, e com pH 6 foi a condição ótima de cultivo de P. mallochii para a produção do pigmento amarelo. A estabilidade da cor foi testada frente a alterações de temperatura e exposição à radiação UV. Tanto com o extrato do pigmento amarelo, como com o pigmento vermelho não ocorreram alterações significativas na cor. Com relação a estabilidade do pigmento amarelo ás alterações de pH, não houve mudança significativa na cor. O pigmento vermelho mudou para a cor amarela em pH 2 e 3. No extrato do pigmento amarelo não foram encontrados traços das micotoxinas Ácido penicílico, Citrinina e Patulina.