Fatores associados à cultura de segurança do paciente no Hospital Geral Clériston Andrade na cidade de Feira de Santana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Teixeira, Lucas Gouveia de Carvalho
Orientador(a): Santos, Vera Lúcia Peixoto
Banca de defesa: Reis, Almerinda Luedy, Ladeira, Rodrigo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Administração
Programa de Pós-Graduação: NPGA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/30555
Resumo: O objetivo deste trabalho é mensurar a cultura de segurança do paciente do Hospital Geral Clériston Andrade, conforme a percepção dos trabalhadores. Foi realizado um estudo de caso com abordagem qualitativa e quantitativa, de natureza exploratória. A primeira parte consistiu na revisão de literatura em bancos de dados nacionais e internacionais. A segunda, compreende a realização de uma pesquisa exploratória survey, voltada para a aplicação do questionário sobre a Cultura de Segurança do Paciente (Hospital Survey on Patient Safety Culture, HSOPSC) da Agency for Healthcare Research and Quality (AHRQ). O Hospital locus da pesquisa é situado na cidade de Feira de Santana/Bahia e é referência para Macrorregião Centro Leste do Estado. Foi aplicado questionário como instrumento de coleta de dados com os funcionários vinculados à unidade, independente do vínculo empregatício ou modo de contato com o paciente(direto ou não). Foram encaminhados 1528 questionários e 763 respondentes devolveram os questionários preenchidos. A taxa de retorno final da pesquisa foi de 49,93%. Na análise dos dados, utilizou-se a planilha Hospital Survey on Patient Safety Culture - Data Entry and Analysis Tool - versão fevereiro de 2018, customizada pela AHRQ para produzir os resultados do questionário. Esse é o software indicado para envio padronizado dos dados da pesquisa para a base mundial da agência e processamento estatístico dos mesmos. Os resultados obtidos revelaram que das 12 dimensões avaliadas, apenas a que avaliou a supervisão imediata quanto à promoção de segurança do paciente é considerada área forte no hospital, pontuando 79% de respostas positivas. As outras 11 dimensões são áreas frágeis ou neutras (equivalendo a 91,67% do total de dimensões). O pior desempenho nos achados, ocorreu na dimensão de “resposta não punitiva ao erro” com apenas 22% de respostas positivas. Com relação ao grau de segurança do paciente, especificamente em sua área de trabalho, 43% apontam que a nota geral é regular. No que concerne ao preenchimento de relatórios de eventos adversos, 78% dos respondentes não preencheram nenhum, nos últimos 12 meses. Isto posto, conclui-se que: a) a cultura de segurança do paciente no Hospital possui todos os resultados, com valores inferiores aos encontrados nas 12 dimensões de segurança publicados nos relatórios da AHRQ em 2018; b) que a cultura de preenchimento de relatórios de eventos adversos é imatura; c) que os servidores possuem uma perspectiva sobre segurança do paciente similar, independente do nível de interação com o paciente. Assim, objetivando a melhoria da segurança do paciente e a redução dos eventos adversos, recomenda-se: o fortalecimento de uma cultura não punitiva na organização; incentivo ao preenchimento das fichas de não conformidade e a instituição de fluxos eficientes de comunicação de eventos adversos.