Corpos-denúncia: egressas do sistema prisional e suas escrevivências

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Conceição, Cídia Dayara Vieira Silva da lattes
Orientador(a): Flauzina, Ana Luiza Pinheiro lattes
Banca de defesa: Flauzina, Ana Luiza Pinheiro lattes, Pires, Thula Rafaela de Oliveira lattes, Cunha, Leandro Reinaldo lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Direito (PPGD) 
Departamento: Faculdade de Direito
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39732
Resumo: Esta pesquisa analisa o sistema penal brasileiro a partir da perspectiva da interseccionalidade de raça, gênero e classe. O objetivo é compreender como o sistema penal contribui para o genocídio da população negra, especialmente das mulheres negras. A crítica se estende às criminologias contemporâneas, como a criminologia crítica e feminista, que desempenham papel essencial ao revelar a importância de outros saberes para preencher as lacunas dessas ciências. Dessa forma, a pesquisa visa entender, a partir da encruzilhada epistemológica do racismo e sexismo, como esses marcadores sociais permearam a formação do sistema penal, gerando um continuum de violência contra as mulheres negras e relegando-as a um não-lugar social. O estudo destaca a atualização do sistema penal brasileiro na promoção do genocídio da população negra, especificamente direcionado às mulheres negras, interpeladas pela encruzilhada do racismo e sexismo.A pesquisa fundamenta-se nas escrevivências de mulheres egressas do sistema prisional, coletadas por meio de entrevistas realizadas com aquelas vinculadas ao Escritório Social de Salvador, órgão do Estado da Bahia. Ao fazer uma ruptura com o discurso hegemônico, a pesquisa busca compreender o sistema penal a partir da experiência concreta daquelas que o vivenciaram, explorando as narrativas e teorias elaboradas por mulheres que sobreviveram ao sistema prisional. O objetivo é compreender como, desde o período colonial, o sistema penal orquestrou uma lógica de controle sobre os corpos das mulheres, ao mesmo tempo em que mulheres negras sempre estiveram desafiando esse sistema numa lógica de resistência.