Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Santos, Thaís Calixto dos |
Orientador(a): |
Alves, Rita de Cassia Dias Pereira |
Banca de defesa: |
Santos, Dyane Brito Reis,
Oliveira, Rosy de,
Santos, José Raimundo de Jesus |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Humanidades, Artes e Ciências -
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Programa de Pós-Graduação: |
Estudos Interdisciplinares sobre a Universidade
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/25339
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Resumo: |
A pesquisa desenvolvida consistiu em estudar de que forma, os quilombolas estudantes da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, criam e recriam suas trajetórias escolares no ensino superior. Este trabalho visa destacar os principais elementos da questão histórica das constituição das comunidades negras rurais quilombolas, trazendo um panorama histórico, bem como considerações a respeito das comunidades quilombolas na Bahia e no Recôncavo. Após situar este assunto, refletimos como se deu o acesso à educação de maneira geral às comunidades negras rurais quilombolas e em especial e central deste estudo: como tem se dado o acesso de quilombolas no ensino superior, fazendo uma síntese dos processos de democratização, expansão e interiorização do ensino superior no Brasil sobretudo a partir da década de 2000. Ainda pretende-se aqui, lançar um olhar esmerado sobre a permanência desses estudantes no ensino superior, as estratégias formais e informais criadas para permanecer, demonstrando as lacunas institucionais apresentadas por eles(as) e enaltecendo-se seus laços comunitários, e suas alianças familiares para avistar suas formas peculiares de concluírem seus percursos formativos. A pesquisa é eminentemente de cunho qualitativo, com o uso de dispositivos metodológicos como observação participante, diários de campo, entrevistas e Rodas de Saberes e Formação, que juntos, permitiram uma rica experiência em que almejou-se transpor neste trabalho. Além disso foi preciso utilizar fontes primárias como documentos oficiais e referências bibliográficas. Com as análises realizadas, pude perceber que há uma demanda crescente e reprimida por vagas para quilombolas e também indígenas na UFRB, e que, portanto, merece ser pensado mecanismos que ampliem o número de vagas. Outro fator observado foram o quanto as formas de permanência entre quilombolas de comunidades diferentes, variam em algumas questões, mas que em geral giram em torno da busca por reconhecimento de suas identidades, de como o racismo velado ataca suas subjetividades e portanto a permanência qualificada, e ainda as dificuldades em conciliar o trabalho com a enorme carga de leituras e trabalhos da universidade, a dificuldade de participação em atividades de pesquisa e extensão entre outras questões que merecem uma lente mais acurada para se pensar ações afirmativas de permanência para quilombolas no ensino superior. |