Igreja Metodista Episcopal, formação e educação nas circunscrições de Morrumbene e Homoíne, no distrito de Inhambane, 1890-1955

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Jaime, Simão
Orientador(a): Zamparoni, Valdemir Donizette
Banca de defesa: Parés, Luis Nicolau, Depelchin, Jacques
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa Multidisciplinar de Pós-graduação em Estudos Étnicos e Africanos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24069
Resumo: A presente Dissertação tem como objetivo analisar o impacto da chegada e fixação da Igreja Metodista Episcopal em Moçambique (IME) na mudança dos valores culturais das populações ancestrais, mais concretamente nas Circunscrições de Morrumbene e Homoíne, no distrito de Inhambane, no período entre 1890 e 1955, bem como o seu papel na formação e educação no seu seio. Partindo da abordagem sobre a relação Igreja Católica e o Estado colonial português, descreve o processo da instalação da IME desde a chegada da American Board e a reação das populações ancestrais destas circunscrições perante a “campanha” da sua evangelização; analisa que transformações sociais, econômicas, religiosas e educacionais decorreram deste contacto. Na área de formação e educação, se concentra na construção e funcionamento das suas escolas, o processo de ingresso, os currículos lecionados e o acesso às bolsas para a continuação de estudos. Usa basicamente o método qualitativo, confrontando a bibliografia geral sobre a religião e educação em Moçambique, os relatórios da IME, a documentação da Direção dos Serviços e Negócios Indígenas, do Governo Geral de Moçambique e algumas entrevistas resultantes do trabalho de campo. Deste confronto conclui que, por um lado, apesar dos novos valores incutidos nas pessoas convertidas, algumas práticas como o lobolo, a poligamia, a crença e adoração aos espíritos dos antepassados não foram erradicados, e por outro lado a IME contribuiu na formação secular dos seus membros através das suas escolas, mas sempre sujeito ao controle legal da administração colonial.