A arte como tecnologia educacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Brandão, Ana Elisabeth Simões
Orientador(a): Sá, Maria Roseli Gomes Brito de
Banca de defesa: Pimentel, Álamo, Katz, Helena Tania, Rangel, Lenira Peral, Alcântara, Paulo Henrique Correia
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Educação
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pesquisa e Pós-Graduação em Educação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/16853
Resumo: Esta tese propõe uma reflexão sobre processos artístico-educativos e práticas sociais que constituíram os inúmeros projetos desenvolvidos sob a coordenação da autora em sua atuação como educadora, os quais confluíram para a formulação do conceito da arte como tecnologia educacional que norteia este estudo. A pesquisa consistiu em uma análise documental dos projetos realizados entre 1995 e 2014 com vistas a levantar teorias, metodologias, além de resultados quantitativos e qualitativo e a identificar emergências de questões sociais, a partir da privação ou produção gestadas pela complexa trama de relações entre corpos sujeitos e ambientes, que, em circunstâncias diferenciadas constituíram o itinerário metodológico percorrido nesses vinte anos. A proposta foi de que esse repertório de informações, mais do que hipóteses, venha a atuar como possibilidades concretas de serem traduzidas em outros contextos de cidadania. As análises evidenciaram que as experiências se cruzam em diversos pontos: pela natureza do problema, educação, violência, questões de saúde, questões de liderança e mobilização social, experiências estéticas; nos contextos em que se inserem e nos sujeitos que as compõem. Essa dinâmica em que a arte se alia ao processo de educação, estimulando encontros e diálogos, propiciando (re)construções sobretudo de valores, para ser compreendida, necessitou de referenciais múltiplos, aqui denominados de ecologia de saberes. Foi possível concluir com a pesquisa realizada que a vivência de processos de criação e de prática artística, quando conectados a processos de ensinoaprendizagem, mobilizam a sensibilidade, a percepção e a imaginação dos sujeitos, exercitando sua flexibilidade, curiosidade e interesse em participar. Pensando na complexidade da realidade posta e da visão de educação integral, a arte como tecnologia educacional pode ser considerada como uma alternativa, agindo como elemento “convocante”, como estratégia metodológica e como princípio organizador do fazer/sentir/pensar o ato pedagógico. Na perspectiva educacional, o exercício crítico de apreciação da arte pode promover uma reflexão prazerosa no processo de produção do conhecimento, com atitudes e comportamentos éticos e solidários, que colaboram para que o sujeito possa descortinar perspectivas diferenciadas para a sua compreensão do mundo. Com isso fica reafirmada a esperança da garantia do direito a arte, a cultura e a educação, em direção a uma energia emancipadora.