Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Morinaka, Eliza Mitiyo |
Orientador(a): |
Ramos, Elizabeth |
Banca de defesa: |
Esteves, Lenita Rimoli,
Felix, José Carlos,
Souza, Carla Dameane Pereira de,
Yerro, Jorge Hernán |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Letras
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26668
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Resumo: |
Política cultural e jogos de poder na tradução da narrativa de ficção brasileira nos Estados Unidos (1943-1947) A tradução da literatura brasileira, bem como a de outros países latino-americanos, fez parte do programa do Office of the Coordinator of Interamerican Affairs (CIAA), do governo dos Estados Unidos, com a finalidade declarada de estreitamento dos laços de amizade entre os países do hemisfério durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Juntamente com outros bens culturais, a literatura foi apropriada por uma política cultural de sedução e construção de um público para longevos ideais estadunidenses. Assim, o objetivo desta tese é descrever e analisar o projeto tradutório da narrativa de ficção brasileira para os Estados Unidos entre 1943 e 1947, examinando suas condições de produção e divulgação e levando em consideração o contexto literário, político e social dos dois países em questão. Para alcançar esse objetivo, recorre-se ao arcabouço teórico e metodológico dos Estudos Descritivos da Tradução. A primeira parte da tese, intitulada ‘Narrativa de ficção brasileira e o contexto literário estadunidense’, compõe-se de dois capítulos: o Capítulo 1 apresenta uma cartografia da narrativa de ficção brasileira traduzida para o inglês no século XX, atualizada, complementada e com as correções das imprecisões dos catálogos e listas existentes; o Capítulo 2 traz um breve panorama do sistema literário estadunidense e as tendências estéticas da crítica e do público da década de 1940. A segunda parte, intitulada ‘Normas de tradução e a singularidade das traduções’ constitui-se de mais dois capítulos: o Capítulo 3 delimita o período de estudo, a década de 1940, reconstituindo o histórico e a rede de agentes do governo, editoras, associações culturais, associações de editoras, bibliotecas, universidades, escritores, tradutores e intelectuais que se envolveram nesse projeto tradutório, que acabou fundando uma infraestrutura de relações e possibilitou a tradução de textos brasileiros a partir de então; e, por último, o Capítulo 4 apresenta o cotejo entre os originais e as traduções de Caminhos cruzados e Crossroads (Erico Verissimo e Louis C. Kaplan); Angústia e Anguish (Graciliano Ramos e Louis C. Kaplan); e Terras do sem fim e The violent land (Jorge Amado e Samuel Putnam), com o objetivo de verificar a função dos textos brasileiros traduzidos para o sistema literário estadunidense. A função político-pedagógica, para a qual a literatura brasileira foi tencionada pelo CIAA, não ofuscou o conteúdo de crítica social dos romances, que ressurgem na tradução. No entanto, examinando-se o conjunto das normas preliminares e operatórias inseridas no sistema político, conclui-se que a função instrutiva do CIAA convergiu para a necessidade de afirmação de nacionalidade dos intelectuais brasileiros, e formou um novo cânone literário brasileiro nos Estados Unidos. As fontes foram encontradas nas seguintes instituições nos Estados Unidos: Library of Congress, em Washington D.C.; National Archives II, em College Park, Maryland; University of Illinois Archives, em Urbana-Champaign, Illinois; Harry Ransom Center, da University of Texas, em Austin, Texas; Beinecke Rare Book and Manuscript Library, da Yale University Library, em New Haven, Connecticut. No Reino Unido, consultei as traduções e o banco de dados da British Library, em Londres. No Brasil, consultei livros nas seguintes instituições: Biblioteca do Estado da Bahia e Fundação Casa de Jorge Amado, em Salvador-BA, e no Instituto de Estudos Brasileiros da USP, em São Paulo-SP. |