Avaliação de aspectos da resposta imune de camundongos infectados com uma cepa selvagem Corynebacterium pseudotuberculosis, ER1409, sob estímulo dos antígenos recombinantes rPLD, rCP40, rPKnG, rCP5582, rCP7041 desta bactéria

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Heidiane Alves dos
Orientador(a): Nascimento, Roberto José Meyer
Banca de defesa: Nunes, José Ferreira, Castro, Roberto Soares, Portela, Ricardo Wagner Dias, Cerqueira, Robson Bahia
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Instituto de Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Imunologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24886
Resumo: A linfadenite caseosa (LC) é uma enfermidade que afeta principalmente caprinos e ovinos, cujo agente etiológico é Corynebacterium pseudotuberculosis. É caracterizada pela formação de granulomas em linfonodos externos e internos, vísceras e órgãos como os pulmões, rins e fígado. A disseminação da linfadenite caseosa nos rebanhos é expressiva e o prejuízo é significativo com perdas econômicas evidentes. Vacinas comerciais disponíveis não oferecem proteção adequada aos animais. Os processos do hospedeiro que são inibidos por bactérias patogénicas incluem a fusão do fagossoma com lisossomos, apresentação de antígenos, a apoptose e a estimulação de respostas bactericidas, devido à ativação de vias de sinalização envolvendo proteína quinases ativadas por mitógeno (MAPKs). Estudos acerca da patogênese da LC indicam que a indução das respostas imunes humoral e celular são fundamentais para o controle da infecção. A compreensão e caracterização das proteínas bacterianas responsáveis pela indução da resposta imune do hospedeiro se faz necessária para o entendimento da dinâmica da infecção. O presente estudo objetivou investigar o envolvimento das vias MAPK (MAPK p38, ERK 1 e 2, e JNK 1,2,3) na resposta imunológia de camundongos infectados, sob estímulo de antígenos recombinantes desta bactéria, através da avaliação dos níveis de Óxido Nítrico, e dos padrão de expressão de células CD4+ , CD8+ e FOXP3+, durante um período de 30 dias de infecção com cepa virulenta de C. pseudotuberculosis. Os camundongos Swiss (n = 12) foram divididos em dois grupos, um deles foi infectado com 102 unidades formadoras de colônias (UFC) de estirpe virulenta ER1409 e outro controle (sem infecção). Os esplenócitos murinos foram tratados com inibidores específicos (inibidor de MAPK p38, inibidor ERK 1/2 ou inibidor da JNK 1, 2,3) e cultivadas sob estímulo dos antígenos recombinantes de C. pseudotuberculosis (rPLD, rCP40, rPKnG, rCP5582-G04-, rCP7041- G10). A análise demonstra diferenças nos níveis de NO entre os grupos (controle X infecção) nas condições de cultivo empregadas: branco (células), estímulos e inibidores das vias MAPK (p<0,001). Todavia, não houve diferença estatisticamente significativa nos níveis de NO entre os inibidores das vias MAPK p38, ERK 1 / 2 e JNK 1, 2 e 3 em nenhuma das situações analisadas. Com relação à produção de IgG, os níveis mais expressivos de subclasses desta imunoglobulina produzidas com 30 dias de infecção foram IgG2a e IgG2b, sem diferença estatisticamente significativa entre os animais infectados e controles. Pôde-se observar também que para os marcadores CD3/CD4+ houve diferença entre os grupos (controle e infecção) apenas quando o antígeno G04 (rCP5582) foi usado como estímulo (p=0,011). No entanto não houve diferença estatisticamente significante na expressão do marcador FOXP3 entre os grupos (controle e infecção) em nenhum dos estímulos / inibidores utilizados.