Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Murilena Pinheiro de |
Orientador(a): |
Barzano, Marco Antonio Leandro |
Banca de defesa: |
Rocha, Heloisa Helena Pimenta,
Souza, Ângela Maria Freire de Lima,
Almeida, Rosiléia Oliveira de,
Pinto, Fernanda Rebelo,
Barzano, Marco antonio Leandro |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Física - UFBA/Universidade Estadual de Feira de Santana
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História da Ciência
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21269
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Resumo: |
Este trabalho tem por propósito caracterizar a representação do corpo humano presente no currículo do ensino de ciências da escola primária, no Território Federal do Acre. A História Cultural e os Estudos Culturais constituem as perspectivas epistemológicas utilizadas nesta pesquisa. Empregou-se: a pesquisa documental, a análise de conteúdo, a técnica snowball, entrevistas em profundidade com onze professoras e alunas. A seleção de documentos foi realizada nos acervos do Centro de Documentação Histórica, Conselho Estadual de Educação do Acre, Arquivo Geral do Estado do Acre, Museu da Borracha e do Centro de Informação e Biblioteca em Educação – CIBEC em Brasília. Os programas de ensino, os regulamentos de funcionamento do ensino primário, as fotografias, as gravuras, as notícias e os artigos sobre educação em jornais da época foram as fontes de pesquisa. A construção e abordagem das séries documentais e a análise foram mediadas pelo conceito de representação social. Esta narrativa concebeu o corpo humano, enquanto um ente da natureza sobre o qual incidem a cultura, as representações sociais e as práticas sociais, em sua produção científica. As representações sobre o corpo encontram-se subjacentes aos modos diversificados da escolarização, no sistema de ensino do Território Federal do Acre e no currículo do ensino de ciências da escola primária. A unificação administrativa do Território Federal do Acre teve efeitos no currículo, e na expansão de modos diversificados de realização da escolarização, consubstanciou o corpo como artefato cultural, no eixo civilidade – civismo – moral, para produzir o brasileiro e a brasileira acreanos. O ensino de ciências erigiu um viés antropocêntrico e expressou uma linguagem androcêntrica que revelou um corpo canônico – o masculino, que comportava a subsunção do corpo feminino ao corpo masculino. Essa imagem do corpo forjada na ciência representava a todos e findava por não representar especificamente a ninguém. O foco discursivo sobre o corpo encontrava-se centrado na morfologia anatômica e no funcionamento: dos órgãos dos sentidos, da digestão, da respiração e circulação sanguínea. Nos corpos, em vista de seus atributos e de suas propriedades, incidiram as condições de acesso a direitos humanos fundamentais e outras demandas do social, e também endereçavam as pessoas aos espaços sociais. |