Composições grotescas: a cultura popular nas pinturas de Sante Scaldaferri

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Bruno Evangelista da lattes
Orientador(a): Camara, Antonio da Silva
Banca de defesa: Camara, Antonio da Silva, Cardel, Lidia Maria Soares, Ornellas, Maria de Lourdes, Bispo, Bruno Vilas Boas, Freire, Luiz Alberto
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais (PPGCS) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37200
Resumo: O presente trabalho visa investigar as composições da cultura popular na pintura do expressionista baiano Sante Scaldaferri. Para tanto, a pesquisa se envereda nas pinturas mais emblemáticas deste artista, as quais apresentam uma leitura criativa das manifestações populares, dos seus personagens e objetos mais representativos, cuja narrativa pictórica é construída diante de uma conjuntura de ruptura institucional em 1964. Sante exprime uma estética grotesca de corte popular, posicionando as pinceladas em torno de experiências desprovidas de padrões socialmente estabelecidos, rebaixando para o plano material circunstâncias atribuídas ao plano celeste, de modo que experiências mágicas, fantásticas e extraordinárias irrompem no suporte como parte da realidade da cultura popular. A pesquisa se debruça por três fases da pintura de Sante Scaldaferri, compreendendo o período de 1964 a 1988, observando em que medida as expressões da cultura popular são acompanhadas por reações simbólicas acerca da ditadura militar brasileira. Cada fase carrega consigo traços característicos sob o protagonismo dos “ex-votos”, através do qual o conjunto das obras apresenta um movimento de transformação estética de um material que na sua constituição evoca a realização de um milagre. A transmutação de um material votivo “in natura” para a humanização das suas formas possui conexões com a realidade política e social do Brasil durante o regime militar.