A relação da atividade física e comportamento sedentário em pessoas com tontura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Carmo, Ananda Lopes Mamedio do lattes
Orientador(a): Fernandes, Luciene da Cruz lattes
Banca de defesa: Fernandes, Luciene da Cruz lattes, Rocha, Saulo Vasconcelos lattes, Mendes, Thiago Teixeira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Ciências da Reabilitação (PPGREAB)
Departamento: Instituto Multidisciplinar de Reabilitação e Saúde (IMRS)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37780
Resumo: Introdução: A tontura é um dos sintomas mais comuns e prevalentes na prática clínica, afetando aproximadamente 30% da população geral. A queixa pode impactar na vida social, psicológica, motora, indicando um declínio funcional, consequentemente, diminuição da atividade física. Objetivos: O objetivo deste estudo é avaliar a relação entre atividade física, comportamento sedentário e tontura em indivíduos adultos e idosos. Sintetizar sistematicamente evidências científicas que relacionam a atividade Física e Comportamento Sedentário em pessoas com tontura e analisar as associações dos níveis de atividade física e comportamento sedentário em indivíduos com queixa de tontura. Métodos: O artigo 1 foi uma revisão sistemática em metanálise. A investigação foi realizada nas bases de dados eletrônicas PubMed, Embase, Web of Science, Scopus, Biblioteca Virtual de Saúde, na literatura cinzenta Proquest. Os registros foram selecionados segundo os seguintes critérios de elegibilidade: i) população com tontura; ii) submetidas ou não a atividade física; e iii) exposta ao comportamento sedentário. O artigo 2 foi realizado um estudo transversal analítico, com população com tontura. Participaram da pesquisa 50 usuários de um serviço de Otoneurologia, com queixa de tontura. Foram realizadas anamnese, avaliação socioeconômica, questionário de Vertigem /Tontura, o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) e o Inventário de Deficiência de Tontura (DHI). Regressão logística foi conduzida para estimar a associação da exposição e desfecho investigados.Resultados: No artigo 1 foi apresentada a metanálise que evidenciou resultados positivos das correlações investigadas, principalmente em relação ao comportamento sedentário (DHI total com r=0,15 (IC95%=0,01;0,28), DHI físico, r=0,06 (IC95%=0,03;0,08) e DHI Emocional, com r=0,06 (IC95%=0,03;0,10)), diferentemente da exposição à atividade física. Quanto ao estudo original (artigo 2) foi possível observar que os indivíduos que apresentaram baixo nível de atividade física têm 4,68 vezes maior probabilidade de apresentar tontura grave em relação ao grupo que possui alto nível de atividade física. No nível moderado de atividade física observou-se 3,07 vezes maior probabilidade de tontura no grupo grave de DHI em contraponto ao grupo oposto. Fatores socioeconômicos também influenciaram na gravidade do DHI: escolaridade (p=0,0168), renda (p=0,000), raça (p=0,000), trabalho remunerado (0,000), ativo/insuficientemente ativo (p= 0,0034), comportamento sedentário (p=0,000), percepção de saúde (p=0,000) Conclusão:O Comportamento Sedentário está associado positivamente à tontura, no entanto, não foi possível comprovar que a atividade física tem associação com o sintoma. Em contrapartida, quanto ao estudo produzido demonstrou que, quanto maiores os níveis de atividade física, menores serão os níveis de DHI.