“Revolução sem sangue” na “decantada pátria de Lucas”: experiências de trabalhadores/as negros/as e migrantes no Pós-abolição, Feira de Santana (1890-1930)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Mayara Pláscido
Orientador(a): Pires, Maria de Fátima Novaes
Banca de defesa: Pires, Maria de Fátima Novaes, Oliveira, Clovis Frederico Ramaiana Moraes, Azevedo, Elciene Rizzato, Albuquerque, Wlamyra Ribeiro de, Mata, lacy Maia
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31953
Resumo: Os anos seguintes ao fim da escravidão na região de Feira de Santana, município localizado às portas do sertão baiano, apresentaram uma reorganização na produção, com a substituição do valor e dos lucros oriundos da posse de /as por extensos rebanhos de gado, em função da pujante feira de animais ocorrida na cidade. Tal reorganização produtiva fora acompanhada pelo estabelecimento de uma lógica política controlada e gestada por indivíduos inseridos nesse contexto de acumulação de riqueza. Seus interesses foram explicitados na construção das leis municipais, com destaque para o Código de Posturas de 1893. Além desse, consultamos correspondências oficiais e resoluções da Intendência e Conselho Municipal para investigar os projetos locais de organização do trabalho nas primeiras décadas da república. Ademais, a despeito da documentação referente à produção agrícola e pecuária local, percebemos a presença marcante de pequenos proprietários, lavradores/as, quitandeiras nas movimentações econômicas do município e, em contrapartida, o processo de desvalorização econômica de suas práticas, vide a lógica de comercialização do fumo, produzido por pequenos proprietários. Essa relação conflituosa, latente na documentação nos informa sobre a construção das relações políticas, econômicas e de trabalho no pós-abolição em Feira de Santana. Convém, portanto, investigar as disputas por autonomia e estratégias de sobrevivência da população egressa do cativeiro, inclusive, ex-escravos migrantes, a partir de suas experiências comuns. Para tanto, selecionamos um conjunto de processos-crime, inventários e arrolamentos disponibilizados no Centro de Documentação da UEFS – CEDOC