Desenvolvimento e validação de amostradores passivos para o monitoramento e poluentes atmosféricos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Cruz, Lícia Passos dos Santos lattes
Orientador(a): Campos, Vania Palmeira lattes
Banca de defesa: Godoi, Ana Flávia Locateli lattes, Martins, Ayrton Figueiredo lattes, Botelho, Maria de Lourdes Mascarenhas Figueiredo lattes, Ferreira, Sergio Luiz Costa lattes, Campos, Vania Palmeira lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Química 
Departamento: Instituto de Química
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36643
Resumo: Amostradores passivos são dispositivos capazes de fixar gases ou vapores atmosféricos a uma taxa controlada por um processo físico, como difusão ou permeação, não envolvendo o uso de bomba de sucção. O objetivo deste trabalho foi desenvolver e validar amostradores passivos para aplicação no monitoramento de NO2, O3, SO2 e H2S em ambientes externos, visando colaborar com o aumento da resolução espacial e eficiência de redes de monitoramento atmosférico. O modelo do amostrador passivo utilizado baseia-se em difusão molecular do gás através de uma camada estática de ar e consiste de um corpo cilíndrico de polietileno (12 mm de altura e 21 mm de diâmetro interno), fechado no fundo, com uma tela de aço inox e uma membrana de Teflon na entrada do ar para minimizar a turbulência e interferência de partículas. No final do percurso de difusão encontra-se um filtro de celulose impregnado com reagente específico para fixar o gás difundido. Após o período de exposição dos amostradores, o gás fixado na forma do produto da reação foi extraído em ultrassom por 15 min. O SO2 absorvido como sulfito no filtro impregnado com Na2CO3 1,0 x 10-2 mol L-1 foi extraído utilizando-se 1,5 mL de H2O2 1,0 x 10-2 mol L -1 para garantir completa oxidação a sulfato, e este foi posteriormente determinado por cromatografia iônica. O ozônio reage com o íon nitrito da solução de impregnação (NaNO2 1,5 x 10-1 mol L-1 / Na2CO3 2,0 x 10-1 mol L-1 / glicerol 1,0 mol L-1 ) para produzir o íon nitrato, sendo este extraído com 1,5 mL de água deionizada e determinado também por cromatografia iônica. O NO2 absorvido no filtro impregnado com KI 5,0 x 10-1 mol L -1 / KOH 2,0 x 10-1 mol L-1 em metanol foi extraído com água deionizada e determinado como NO2 - por espectrofotometria molecular UV-Vis. O H2S fixado no filtro impregnado com acetato de zinco 5,5 x 10-2 mol L-1 / NaOH 1,0 x 10-1 mol L-1 / citrato trisódico 1,0 x 10-2 mol L-1 foi determinado como sulfeto por espectrofotometria molecular UV-Vis. O desempenho dos amostradores passivos foi avaliado durante períodos de exposição de 1 a 4 semanas em áreas de influência industrial próximas ao Pólo Industrial de Camaçari-BA, área urbana (Salvador-BA), de floresta transformada em pasto (região Amazônica) e em campo de exploração de petróleo (Buracica-BA). A precisão das medidas, expressa como desvio padrão relativo dos resultados obtidos com os amostradores expostos simultaneamente, variou de 2,4 a 12% para SO2, de 2,0 a 15% para NO2, de 2,5 a 16% para O3 e de 5,2 a 15% para H2S, nas seguintes faixas de concentração: 0,58 - 20 µg m-3 de SO2, 1,1 - 21 µg m-3 de NO2, 14 - 51 µg m-3 de O3 e 0,40 - 3,0 µg m-3 de H2S. A exatidão média (10 a 19%) foi determinada por comparação com medidas simultâneas paralelas realizadas com monitores contínuos calibrados em área industrial e de floresta transformada em pasto, e com tubos de difusão (denuder) em área urbana e de pasto