Caracterização imunoistoquímica dos subtipos moleculares dos carcinoma infiltrante da mama e correlação com o prognóstico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Macêdo, Cláudia Leal
Orientador(a): Nascimento, Ivana Lúcia de Oliveira
Banca de defesa: Nascimento, Ivana Lúcia de Oliveira, Almeida, Roque Pacheco de, Athanazio, Daniel Abensur, Neves Júnior, Murilo Pedreira, Araújo, Iguaracyra Barreto de Oliveira, Carvalho, Lucas Pedreira de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Ciências e Saúde
Programa de Pós-Graduação: Programa de pós-graduação em Imunologia, Instituto de Ciências da Saúde
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/15304
Resumo: O carcinoma infiltrante da mama apresenta características clínicas, morfológicas e evolutivas diversas que parecem traduzir a heterogeneidade tumoral. Semelhanças entre padrões de expressão gênica e imunoistoquímica dos receptores hormonais, do HER2 e das citoqueratinas basais e luminais permitiram agrupar tumores com padrões morfológicos e imunofenotípicos diferentes, identificando subtipos: luminal A (RE+,RP+,HER2-); luminal B (RE+,RP+,HER2+); HER2 + (RE-,RP-,HER2+); triplonegativo (RE-,RP-,HER2-); basal-símile (RE-,RP-,HER2-CK5/6+ e/ou EFGR+) e “mama normal” (RE-,RP-,HER2-CK5/6- e/ou EFGR-). No presente estudo buscou-se correlacionar características clínico-patológicas e evolutivas com perfil imunoistoquímico dos subtipos moleculares em mulheres mastectomizadas. Nas análises estatísticas empregaram-se os métodos de Kaplan-Meier e a regressão de Cox. Utilizaram-se receptores hormonais, anti-c-erbB-2, anti-CK5/6, anti-EGFR, anti- CK8, anti-p63. Calcularam-se as associações entre variáveis pelas razões de prevalência. Observaram-se média de idade inferior a dos países desenvolvidos além de maior frequência de tumores pT2, de grau II e do ductal infiltrante e elevada frequência de metástases axilares. A sobrevida global foi de 80,1% em um período de dez anos. Comprometimento das margens cirúrgicas, metástases à distância e status menopausal foram variáveis importantes na sobrevida. Observou-se frequência elevada dos subtipos triplo-negativo e basal-símile e associações significantes entre estes subtipos e o HER2 + com tumores de maior dimensão (pT3) e grau histológico III confirmando que tem pior prognóstico. Expressão positiva de CK5/6 e EGFR foi a única diferença entre o subtipo basal-símile e o triplo-negativo, indicando que a subdivisão do triplo-negativo não seria necessária. Concluiu-se que os subtipos podem ser caracterizados pela avaliação dos fatores clínico-patológicos somados ao perfil imunoistoquímico.