Capacitação dos técnicos administrativos com base na gestão de pessoas por competências: o caso do IF Sertão - PE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Cardoso, Silvya Priscilla de Queiroz Cerqueira
Orientador(a): Almeida, Denise Ribeiro de
Banca de defesa: Benevides, Tânia Moura, Sacramento, Ana Rita Silva
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Administração
Programa de Pós-Graduação: Ciências sociais aplicada
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/25723
Resumo: Considerando a necessidade de melhorar a qualidade e eficiência dos serviços prestados à sociedade, bem como reorientar os instrumentos de gestão voltados para resultados, a administração pública passou por diversas mudanças significativas. Com a Política Nacional de Desenvolvimento de Pessoas (PNDP), instituída em 2006 pelo Governo Federal, foi sugerida a adoção de um modelo de gestão por competências a todas as instituições públicas federais, como requisito à formação, desenvolvimento e aperfeiçoamento dos servidores públicos, capaz de gerar reflexos na qualidade da gestão pública no País. Baseado neste contexto, o objetivo principal deste estudo foi analisar a condução dos programas de capacitação, destinados aos técnicos administrativos do IF Sertão-PE, à luz dos pressupostos da PNDP. Para isso, foi realizado um estudo teórico sobre a evolução da gestão de pessoas nas organizações públicas até sua aproximação com a lógica das competências, tendo como base o subsistema de gestão da capacitação por competências, apoiado em três unidades de análise – caracterização da gestão por competências, avaliação e dificuldades da capacitação por competências. Mediante a análise, foi detectado que a gestão de pessoas não foi constituída pelo sistema de gestão por competências, por diversos fatores intervenientes, os quais impossibilitaram a expansão do modelo para os demais subsistemas de gestão de pessoas. Os resultados também sugerem que os programas de capacitação realizados ainda não atendem plenamente aos anseios e necessidades dos servidores e da instituição, exigindo que sejam aperfeiçoados o planejamento e a execução das capacitações. Por outro lado, foi possível perceber que o modelo adotado pela instituição ampliou a oferta das capacitações, expandindo para outros grupos anteriormente não contemplados, a exemplo dos técnicos administrativos. Além disso, houve melhoria da qualidade do atendimento ao público e dos serviços prestados, diminuição de riscos, racionalização dos gastos com as capacitações, realização de parcerias com escolas de governo, normatização das capacitações, entre outros benefícios. Contrário ao pressuposto, a adesão à gestão por competências, ainda que apenas na capacitação, sinaliza alguns benefícios para a instituição pesquisada. Desta forma, acredita-se que este estudo possa proporcionar um novo olhar sobre a política de gestão de pessoas baseada em competências, trazendo contribuições relevantes, na hipótese da retomada deste modelo em uma fase posterior. Como limitações deste estudo, pontua-se a ausência de dados sobre a percepção de alguns dirigentes e participantes do Grupo de Trabalho de Gestão por Competências (GTGC) que não foram incluídos. Por isso, sugere-se que pesquisas posteriores possam contemplar tais sujeitos, ou ainda, numa perspectiva mais ampla, possam realizar análise comparativa entre instituições públicas e privadas que adotem a lógica das competências, trazendo novas contribuições e aprofundamento dos aspectos aqui discutidos.