Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Dias, André Bomfim |
Orientador(a): |
Silva, Luís Augusto Vasconcelos da |
Banca de defesa: |
Jesus, Mônica Lima de,
Coutinho, Denise Barreto,
Paulino, Pedrita Reis Vargas |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
INSTITUTO DE HUMANIDADES, ARTES E CIÊNCIAS MILTON SANTOS
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação Estudos Interdisciplinares sobre a Universidade
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/34813
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Resumo: |
Introdução: Apesar do crescente entendimento de que psicólogos devem receber treinamento para diferenciar experiências religiosas de transtornos mentais, não foram identificados estudos brasileiros sobre a formação do psicólogo para o desenvolvimento desta competência. Objetivo geral: Analisar percepções de estudantes de psicologia relacionadas à aprendizagem recebida para a avaliação clínica de experiências religiosas. Método: Revisão Integrativa dos estudos nacionais sobre a diferenciação entre experiências religiosas e transtornos mentais. Aplicação de um questionário estruturado sobre religiosidade na prática clínica em trinta discentes do Curso de Psicologia da Universidade Federal da Bahia. Os dados produzidos por meio do questionário foram submetidos a análises quantitativas e qualitativas. Principais resultados: Observou-se, nos 18 textos analisados, a prevalência de uma perspectiva não patologizante e de uma concepção de saúde que pouco considera seus determinantes sociais. Quanto às respostas dos/das participantes, verificou-se que conhecimentos científicos, religiosos, elementos subjetivos e/ou estéticos estiveram presentes em suas percepções sobre as experiências religiosas. Constatou-se também a aprendizagem de que tais vivências podem não ser patológicas. Entretanto, eles/elas não demonstraram conhecimento técnico suficiente para identificar com segurança quadros não patológicos. Não foram identificados elementos que permitem afirmar que o Curso de Psicologia ofereceu-lhes treinamento sobre o diagnóstico diferencial entre experiências religiosas e transtornos mentais, entretanto a maioria das/dos participantes o considerem relevante. A patologização e a “normalização” de tais experiências entre pessoas não religiosas destacaram-se como temas a serem debatidos na graduação. Conclusão: A produção científica nacional parece contribuir para a estrutura tecnicista do ensino superior brasileiro e a formação do psicólogo destaca-se como processo que se realiza em um espaço de encontro entre linguagens e formas de conhecimento. A lacuna formativa identificada coloca a possibilidade de avaliação inadequada dos elementos relacionados à religiosidade, de “normalização” ou patologização dos mesmos. |