Diálogos formativos: singularidades nas experiências de formadores da educação infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Samia, Mônica Martins
Orientador(a): Carvalho, Maria Inez da Silva de Souza
Banca de defesa: Fortuna, Tânia Ramos, Placco, Vera Maria Nigro de Souza, Beltrão, Lícia Maria Freire, Sá, Maria Roseli Gomes Brito de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Educação
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Educação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19038
Resumo: Embora haja consenso sobre a relevância dos processos formativos para a melhoria da qualidade da educação e dos seus profissionais, pouco se tem investido, no campo das pesquisas, sobre a constituição da profissionalidade dos formadores - atores centrais nesse contexto -, tanto no que se refere à formação universitária, quanto a contínua. NaEducação Infantil, considerando o percurso histórico brasileiro, esse debate é fundamental, tendo em vista importância do reconhecimento das suas singularidades. Ao investigar o que dá contornos próprios à formação de formadores que atuam neste segmento, buscou-se, por meio das narrativas orais, compreender que experiências tiveram especial significado nos seus percursos formativos, ou seja, aquelas que contribuíram na constituição do ser formador e, dessa forma, colaborar tanto para os estudos sobre formação, quanto para o estatuto específico da profissão, relativo ao processo de profissionalização. Para tanto, colaboraram na configuração epistemológica e metodológica da pesquisa, os postulados de Bakhtin e de seu círculo, e seus intérpretes brasileiros, especialmente sobre a concepção dialógica; os estudos sobre experiência e sobre as histórias de vida, por meio das narrativas de formação. A pesquisa de campo envolveu a escuta de formadores, a partir de Rodas de Conversa - a roda de formadores e a roda de observação - e Entrevistas com Especialistas, que compuseram o quadro metodológico. Na grande roda de diálogo que foi o percurso investigativo, emergiram com força as ideias de formação, como um processo singular de tornar-se o que se é; do formador como um parceiro na aventura de conduzir alguém até si mesmo; da potência de uma formação pautada em experiências de naturezas diversas, representada pela ciranda de experiências; da emergência da escuta de crianças como dispositivo de formação, para a consolidação de uma relação alteritária entre adulto e criança. Emergiu ainda a força do diálogo, das experiências e das narrativas, como potentes condutoras de percursos investigativos e formativos. A experiência da tese consolidou uma concepção de formação comprometida com a compreensão da natureza das experiências que nos constituem e como elas operam em nós. A metáfora da ciranda ajudou a construir a ideia de que a vida e os processos formativos, como parte importante dela, devem equilibrar as múltiplas experiências, sem hierarquizações ou cisões, até porque não há fronteiras que as delimitam. Portanto, espera-se que o diálogo sobre a ciranda de experiências, colabore para que as pesquisas na área de formação fortaleçam os paradigmas do conhecimento subjetivo e do conhecimento experiencial, e que o desenvolvimento profissional – que envolve o processo de profissionalização – sustente-se na profissionalidade construída no interior da pessoalidade, porque ficou evidente que a formação precisa se pautar nesse substrato, nesse encarnado, que é cada sujeito, cada formador. Palavras chave: formação de formadores, diálogo, ciranda de experiências, escuta de crianças.