Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Fróes, Eduardo de Araújo |
Orientador(a): |
Teixeira, Maria das Graças de Souza |
Banca de defesa: |
Weinstein, Mary,
Oliveira, Paulo Cesar Miguez de |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Museologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28471
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Resumo: |
O comércio informal de rua da cidade do Salvador, Bahia, Brasil, possui uma peculiaridade que expressa um elemento representativo da cultura popular soteropolitana, a comercialização ambulante de café em carrinhos alegóricos que simulam caminhões e mini trios elétricos. A pesquisa propiciou a interpretação de uma dada realidade social referente aos Vendedores de Cafezinho e seus carrinhos de café, compreendidos como objetos portadores de valores de um patrimônio adjetivado, portanto, indentitário e simbólico da cultura e do cotidiano da capital baiana. Esses sujeitos sociais transformaram a atividade laboral em um produto genuíno da imaginação criativa a partir da necessidade de sobrevivência, agregando valores simbólicos que estimulam o despertar de vários olhares, inclusive o da problematização e reflexão da Museologia no momento em que quatro carrinhos de café são ressignificados no espaço museal, inserindo-os também no processo de reconhecimento do seu caráter de patrimônio. O estudo se estruturou a partir de três vertentes: a trajetória histórica da atividade do vendedor ambulante de cafezinho nas ruas de Salvador e a inventividade dos seus instrumentos de trabalho; a apropriação desses instrumentos de trabalho por outros olhares e o relacionamento com as pessoas que os experienciam nas ruas; e, por fim, o carrinho de café enquanto objeto musealizado pelo Museu Afro Brasil e suas ressignificações. Analisar o modo de fazer dos Vendedores de Cafezinho de Salvador e a sua representatividade de bem cultural contribui para o fortalecimento da cultura popular da Bahia e para a visibilidade de anônimo(a)s criativo(a)s que influenciaram o cenário urbano de uma cidade e imprimiram uma marca que demanda valorização e reconhecimento, pois cada vendedor que circula com seus carrinhos de café é portador de um conjunto de valores, saberes, escolhas e formas de viver. A pesquisa promove uma prática museal conectada com a importância de instaurar um campo museológico contemporâneo e interdisciplinar apto a dialogar o social com o patrimonial, preconizando ações que não privilegiam apenas o objeto museológico, mas também o local de manifestação desses objetos e a sua relação com o humano, consolidando-se no campo epistemológico das Ciências Sociais. |