Fortaleza em disputa: contradições da política urbana e processos de re-existências no Serviluz e Cais do Porto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Rabelo, Pedro Vitor Monte lattes
Orientador(a): Figueiredo, Glória Cecília dos Santos lattes
Banca de defesa: Figueiredo, Glória Cecília dos Santos lattes, Fernandes, Ana Maria lattes, Loureiro, Joisa Maria Barroso lattes, Freitas, Clarissa Figueiredo Sampaio lattes, Rosa, Thaís Troncon lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PPGAU) 
Departamento: Faculdade de Arquitetura
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39204
Resumo: Muitos foram os caminhos que me fizeram iniciar esta pesquisa. Caminhos estes que são resultados de tempos diversos que se cruzam a partir das minhas entradas nos territórios populares enquanto assessor técnico popular e militante. A partir de uma atuação, na cidade de Fortaleza, em territórios populares, litorâneos, em sua grande maioria, eu mobilizo ao longo da pesquisa tais inserções territoriais de forma a auxiliar na apreensão de processos de disputa e resistência frente à lógica do planejamento urbano institucional que opera sob as engrenagens do capitalismo e do projeto de desenvolvimento e modernização da cidade. Agrego, portanto, a abordagem da pesquisa-militante enquanto método. São estudados, de forma mais detida, dois territórios do litoral Leste de Fortaleza, sendo o Serviluz e Cais do Porto. Parto de uma abordagem onde o processo de investigação não se encontra alheio à inserção do pesquisador, mas sim esta investigação é mobilizada justamente pelo fato de encontra-se inserido nesses processos. São estabelecidos diálogos entre o conceito de resistência e re-existência (PORTO-GONÇALVES, 2006) de forma a conferir chaves analíticas para a trama de conflitos e disputas que ocorrem nestes dois territórios. A partir das inserções territoriais no Serviluz e Cais do Porto, foi possível enxergar processos de planejamento popular e insurgentes de grande potência, que vêm sendo protagonizados pelos moradores. Rasurando caminhos alternativos e de denúncia à lógica capitalista imposta sobre seus territórios e seus corpos, apontando para outras possibilidades de planejamento e existência. A resistência dos territórios do Serviluz e Cais do Porto tem se apresentado histórica e geograficamente muito mais como re-existência de que como resistência, em termos epistêmicos, políticos, econômicos, culturais, tensionando o ordenamento e o planejamento urbano imposto para o território, idealizados e fortalecidos na aliança entre o capital e o Estado.