Projetos de vida e juventude: um diálogo entre a escola, o trabalho e o "mundo": (uma experiência de etnopesquisa no Vale do Iguape)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Faria, Ivan
Orientador(a): Carvalho, Maria Inez da Silva de Souza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11055
Resumo: O presente trabalho discute a construção de projetos de vida entre jovens das comunidades quilombolas do distrito rural de Santiago do Iguape, município de Cachoeira, Bahia. A dissertação se inicia com uma contextualização do objeto de estudo, dividida em três eixos. No primeiro, são discutidas as implicações do pesquisador a partir da experiência do Projeto Paraguaçu, atividade de extensão que deu origem à pesquisa. No segundo, Santiago do Iguape é tomada como locus para pensar o mundo contemporâneo focalizando temas como história, trabalho, comunidade, relação local-global e diluição de fronteiras entre o rural e o urbano. No último, as escolas dos povoados do Caonge e do Engenho da Ponte servem de mote para tratar de questões como currículo, cotidiano, educação do campo e relação escola-trabalho. Depois a pesquisa apresenta os conceitos de projeto e de juventude, para discutir como os jovens quilombolas constroem seus projetos de vida, tensionando as relações entre trabalho, educação e comunidade. A opção metodológica é a etnopesquisa crítica, contemplando uma etapa retrospectiva de investigação das proposições do Projeto Paraguaçu e outra de caráter prospectivo para adentrar os universos do trabalho e da educação. Durante a pesquisa foi identificado que a juventude local vivencia um aumento da tensão entre permanecer ou migrar das comunidades quilombolas, devido a questões ligadas às esferas do trabalho (redução na produtividade da pesca, dificuldades com a produção e o escoamento de produtos agrícolas e ausência de empregos para jovens que concluem o Ensino Médio); da educação (as escolas têm dificuldade de veicular saberes e valores que contribuam para a fixação do jovem no campo, além de não garantirem uma formação adequada para quem deseja partir para a cidade) e da afluência de valores ?urbanos? para o campo.