Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Reis, Simony Lopes da Silva |
Orientador(a): |
Tomasoni, Marco Antonio |
Banca de defesa: |
Tomasoni, Marco Antonio,
Lobão, Jocimara Souza Britto,
Santos, Clóvis Caribé Menezes dos |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia, Instituto de Geociências
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós Graduação em Geografia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19774
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Resumo: |
RESUMO O objetivo central da presente dissertação é analisar as repercussões ambientais do modelo de desenvolvimento na região Agro-Exportadora do oeste baiano compreendida pelos municípios de Barreiras, Correntina, Formosa do Rio Preto, Luís Eduardo Magalhães e São Desidério. A seleção dos municípios de deu em função da sua produção e participação no cenário estadual em relação ao agronegócio. Para compreensão das dinâmicas ocorridas neste agroespaço foram realizadas analises sobre os aspectos físico-naturais associados aos socioeconômicos por meio de uma análise integrada da paisagem, dando enfoque aos processos desiguais e degradantes ao ambiente. Para tanto, é feita uma análise sobre os aspectos conjunturais que influenciaram a ocupação através de um novo modelo agrícola, fruto de um projeto nacional de modernização dos espaços agrícolas. Realiza-se, portanto, uma discussão sobre os conceitos de natureza e desenvolvimento que constituem-se como categorias de análise da Geografia e de outras categorias das ciências sociais. Na tentativa de compreender o processo de construção dos agroespaços realiza-se uma contextualização histórica abordando os principais acontecimentos na formação espacial regional. Relata-se o processo conjuntural de modernização da agricultura como projeto nacional e as intencionalidades econômicas e políticas envolvidas com a expansão de novas fronteiras agrícolas no território brasileiro, em espacial o oeste baiano. Ressalta-se a fundamental influencia dos projetos e programas governamentais envolvidos para incentivar a implantação e ampliação da fronteira agrícola por meio da criação de infraestrutura necessária à inserção do capital estrangeiro à região, dinamizando o setor produtivo. Com base nas informações físico-naturais e socioeconômicas realiza-se uma ampla caracterização da região, destacando o seu potencial ecológico. Evidencia-se o desenvolvimento desigual entre os municípios da Agro-Oeste levantando os questionamento acerca da (in)sustentabilidade do modelo de desenvolvimento em função da crescente degradação ambiental. No sentido de analisar a evolução da substituição da cobertura vegetal do cerrado pelos espaços produtivos da moderna agricultura, utilizou-se a análise multitemporal de imagens de satélite por meio da técnica de classificação supervisionada, onde foi possível perceber à evolução crescente da retirada de cobertura vegetal em áreas de potencial ecológico de suma importância como as cabeceiras dos principais rios que abastecem a Bahia. Por meio das sistematizações e análises, considera-se o modelo de desenvolvimento incompatível com emergência ambiental, evidencia-se e questiona-se o projeto nacional que impede a ascensão social da maior parte da população enquanto as riquezas produzidas e geradas e não retornam para o espaço regional, mas sustentam uma estrutura econômica apátrida, sem fronteiras. |