O sujeito afásico no hospital: percepções e desafios de uma equipe interprofissional.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Anjos, Jessica Soares dos lattes
Orientador(a): Silva, Melissa Catrini da
Banca de defesa: Silva, Melissa Catrini da, Fonseca, Suzana Carielo da, Silva, Rosana dos Santos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Ciências da Reabilitação (PPGREAB)
Departamento: Instituto Multidisciplinar de Reabilitação e Saúde (IMRS)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40465
Resumo: Introdução: A afasia é uma condição sintomática de linguagem decorrente de lesão neurológica que produz efeitos subjetivos e sociais. As repercussões dessa condição também atingem aqueles que convivem e desempenham o cuidado ao sujeito afásico. A assistência aos sujeitos com problemas relativos à linguagem e comunicação podem trazer embaraços ao cuidado hospitalar, trazendo prejuízos ao processo de recuperação. Objetivo: Analisar as implicações sobre o cuidado do encontro entre o sujeito afásico e a equipe de saúde no contexto hospitalar. Método: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de natureza exploratória, com o uso da técnica da entrevista semiestruturada. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa com seres humanos, sendo composto por um (1) trabalhador de cada categoria de uma equipe interprofissional de saúde. A análise teve como base ordenação, classificação e análise interpretativa dos dados. Resultados: A equipe interprofissional tem a percepção de que usuários com problemas linguísticos incomodam e modificam a dinâmica da assistência hospitalar, destacando as dificuldades, desafios e limitações da equipe. Aspectos emocionais foram destacados pelos profissionais, como medo, tristeza, insegurança e frustração decorrentes do encontro com sujeitos afásicos na assistência. Conclusão: O encontro assistencial com o sujeito afásico produz incômodo e “perturba” a dinâmica do cuidado hospitalar. Compreender as emoções, desafios e inquietudes provenientes da relação sujeito profissional e sujeito afásico coloca em evidência a importância da construção de práticas em saúde nas quais saber e sentir são colocados em perspectiva. Compreende-se a importância de estabelecer um cuidado integral, pautado pela interprofissionalidade e numa concepção de clínica que considera as diferentes dimensões da saúde e a diversidade de modos de vida. Destaca-se, ainda, a importância da presença do clínico de linguagem na equipe para a troca de saberes sobre o manejo clínico com sujeitos afásicos.