Estudo de citocinas, imunofenotipagem, aberrações cromossômicas e da vitamina D em pacientes com diagnóstico de leucemia linfóide Crônica atípica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Marcos da Costa
Orientador(a): Nascimento, Roberto José Meyer
Banca de defesa: Araujo, Marco Aurelio Salvino de, Toralles, Maria Betânia Pereira, Costa, Silvia Lima
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Instituto de Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Imunologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23423
Resumo: A Leucemia Linfóide Crônica (LLC) tem origem nos linfócitos B, derivada de uma única célula transformada devido a alterações genômicas, aumentando a resistência à apoptose. Essas células acumulam-se no sangue, medula óssea e órgãos linfoides secundários muitas vezes passando de 10.000 células/mm3 de sangue resultando em anormalidades imunológicas. Mais de 99% dessas células circulantes estão na fase G0 do ciclo celular. É uma doença de maior prevalência no idoso, com médias de idade entre 64-70 anos. Células LLC geralmente co-expressam antígenos de células T e B em sua superfície e esses marcadores são úteis para o diagnostico da LLC através da imunofenotipagem. É frequente, na prática clinico-laboratorial, resultados inconclusivos para LLC, chamadas de LLC atípicas isso ocorre, principalmente devido a resultados limítrofes na imunofenotipagem. Outra técnica utilizada no diagnóstico e prognóstico da LLC é a análise de alterações cromossômicas através da Hibridação In Situ por Fluorescência (FISH). É uma alternativa para elucidação dos casos inconclusivos. Pacientes com aberrações têm sobrevida menor que aqueles com cariótipo normal. Devido a isso objetivou-se estudar a ocorrência da LLC no Estado da Bahia e as características dos indivíduos com laudo de LLC atípica, quanto ao perfil imunofenotípico , a presença de aberrações cromossômicas incluindo os genes da família NTRK, produção de citocinas e vitamina D. Entendimento que poderá auxiliar no desenvolvimento de políticas publicas para a terceira idade no Estado. Foi observado nas amostras analisadas no estudo a ocorrência de 22% de LLC, sendo que, 8% corresponde a LLC atípica. O gênero feminino foi o menos acometido, possivelmente associado aos hormônios sexuais. O trabalho mostrou a importância do uso do FISH, pois solucionou 87% dos casos atípicos sendo que a aberração mais freqüente foi a translocação 11:14 associada ao linfoma do manto. A IL-17 A mostrou-se um possível marcador de evolução clínica da doença. TNF e IFN- mostraram-se marcadores de pior prognóstico. Além disso, a diminuição dos níveis de vitamina D como um sinal de pior prognóstico. Foi observado no trabalho a presença de alterações cromossômicas nos genes da família NTRK, NTRK1 e NTRK3 correspondendo a 24%. O conjunto desses resultados amplia os conhecimentos sobre a LLC além de possibilitar para os pacientes, quando possível, mudanças na conduta terapêutica.